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Com crise na Europa, principal recomendação de investimento é ‘calma’

Analistas dizem que a recuperação acontecerá em breve e que não se deve alterar o portfólio

Com crise na Europa, principal recomendação de investimento é ‘calma’
Em momentos de instabilidade como o atual, saber identificar as informações relevantes e entender os fundamentos das empresas é fundamental para fazer boas escolhas financeiras (Foto: Envato)
  • A palavra de ordem das plataformas de investimento é uma só: “calma"
  • Alguns analistas afirmam que quando eventos como o conflito entre Rússia e Ucrânia eclodem, nada deve ser feito

Bruna Camargo – Os investidores acordaram com a notícia da ofensiva bélica da Rússia contra a Ucrânia nesta quinta-feira, o que tem penalizado os mercados internacionais durante todo o dia. No entanto, a palavra de ordem das plataformas de investimento é uma só: “calma”.

“É importante ter paciência, calma, serenidade e não reagir no calor do momento. Esse tipo de evento tem uma dinâmica de imprevisibilidade e traz altíssima volatilidade para os mercados. Acreditamos que o conflito deve se limitar à região, com sanções econômicas e políticas que já estão sendo implementadas tanto pela Europa quanto pelos Estados Unidos. Nesse caso, o impacto deve ser moderado ao longo do tempo e neste momento, a melhor opção é não realizar alterações relevantes no portfólio”, descreve relatório da Warren, assinado pela área de alocação e análise.

A equipe de estratégia da Órama Investimentos vai na mesma linha, destacando que “o momento demanda atenção, mas sem movimentos precipitados nas carteiras”. “Pelo menos inicialmente, a volatilidade deve subir bastante, afetando o comportamento dos ativos de risco, como ações e criptos. Pensamos, contudo, que não é a hora de vender a qualquer preço”, avalia a Órama. Para a casa, será importante continuar acompanhando as sanções que os países devem impor à Rússia e como isso vai afetar os mercados.

A recuperação vem logo em seguida

A Rico Investimentos apresenta uma visão mais otimista de que, embora a volatilidade assombre os investidores no curto prazo, logo ela deve passar. “Tomando como exemplo o desempenho do principal índice de ações dos Estados Unidos, o S&P 500, desde 1940, podemos ver que: após uma reação inicial negativa em relação a eventos geopolíticos (como invasões e conflitos), em 75% dos casos o índice subiu nos 12 meses seguintes – com uma média de performance de +8,6%. Apesar de uma reação imediata negativa (bastante acentuada, em alguns casos), a recuperação costuma vir logo em seguida”, afirma, em relatório divulgado hoje.

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Portanto, a recomendação da Rico é que, quando eventos como o conflito entre Rússia e Ucrânia eclodem, nada deve ser feito. “Mudanças bruscas nos investimentos em momentos como esse tendem a se provar ineficazes”, diz, acrescentando que o preparo dos portfólios deve ser anterior à crise – com diversificação “entre mercados, geografias, classes de ativos e até estratégias de investimento (como as desenhadas por gestores)”, de modo a reduzir o risco e aumentar os ganhos no longo prazo.

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