O que este conteúdo fez por você?
- A maioria dos segmentos de fundos imobiliários tem mostrado aumento nos 'yields' nos últimos meses
- Apesar disso, os retornos dos fundos imobiliários ainda estão abaixo da Selic, que atualmente está em 13,75%
- A Guide Investimentos acredita que a melhor performance dos fundos imobiliários em março, combinada com a expectativa de queda da taxa de juros ainda este ano, cria boas oportunidades de investimento
O dividend yield (indicador que mede o rendimento de cotas e o pagamento de dividendos) dos fundos imobiliários bateu recorde neste ano, de 12,5% no mês de março. O retorno superou a maior marca do segmento, referente a janeiro de 2016, quando a valorização foi de 12,1%.
Leia também
Na análise dos dados por segmentos, praticamente todos vêm mostrando aumento nos yields nos últimos meses, com destaque para os fundos de “papel”, que investem em produtos voltados para o setor imobiliário. Ainda assim, os retornos seguem abaixo da Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
Para a Guide Investimentos, a melhor performance no último mês, somada à expectativa de queda da taxa de juros ainda neste ano, abre uma boa janela de oportunidades de investimento nos FIIs, com cotas ainda muito impactadas pelo atual cenário econômico.
Publicidade
“Historicamente, momentos de juros altos são ruins para investimentos em Fundos Imobiliários. Os proventos aumentam, mas a cotação não acompanha. O inverso ocorre quando os juros caem, favorecendo a valorização das cotas”, considera a análise.
Segmentos
Apesar de o dado de março poder ser interpretado como melhoria para os fundos imobiliários no geral, é necessário observar possíveis distorções. A Guide considera que os fundos de recebíveis, maiores pagadores de proventos atualmente, têm alta “fictícia”.
“Uma vez que refletem dividendos passados, não-recorrentes. As recentes notícias de inadimplência em alguns CRIs de fundos como HCTR e DEVA, mostram que os proventos deste grupo devem ser menores no futuro”, diz a Guide em análise.
Para a casa de investimentos, os fundos high yield (maior risco e retorno) devem ser evitados por conta dos riscos elevados. “Mantemos nossa preferência por fundos high grade, apesar dos proventos serem marginalmente menores, os riscos são bem menores em nossa visão”, considera a Guide.