Investimentos

Veja 5 fundos imobiliários para investir em 2023, segundo a Empiricus

Seleção feita pela Empiricus considera que os juros devem permanecer em 13,75% ao ano até a metade de 2023

Veja 5 fundos imobiliários para investir em 2023, segundo a Empiricus
Os fundos de papel são mais resilientes à elevação dos juros (Foto: Envato Elements)
  • A pedido do E-Investidor, a Empiricus apontou cinco fundos imobiliários que os investidores devem ter no radar em 2023 e listou os motivos
  • Os fundos de papel são mais resilientes à elevação dos juros, pois a categoria pode ser composta por títulos atrelados a índices de inflação
  • Somente em novembro, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX, índice da B3 que aponta o desempenho médio de fundos do segmento), cedeu 4,15%. Até 27 de dezembro de 2022, a queda é de 1,14%

Nas últimas semanas, os fundos imobiliários apresentaram fortes quedas por conta da Selic elevada. Somente em novembro, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX, índice da B3  que aponta o desempenho médio de fundos do segmento), cedeu 4,15%. Até 27 de dezembro de 2022, a queda é de 1,14%.

Isso porque os juros mais altos afetam o setor de duas formas: reduzindo a atratividade da renda variável, fazendo os investidores migrarem para a renda fixa; e diminuindo a demanda por imóveis, uma vez que comprometem o poder de compra do consumidor.

A menor demanda por imóveis prejudica especialmente os fundos de tijolos. Já os fundos de papel são mais resilientes à elevação dos juros, pois a carteira deles pode ser composta por títulos atrelados a índices que acompanham a Selic, como o CDI.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Entretanto, no caso dos fundos que têm papéis atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), sofreram com a deflação do índice em julho, agosto e setembro, em especial os fundos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Veja nesta matéria porque os fundos imobiliários derreteram no final deste ano.

A pedido do E-Investidor, a Empiricus apontou cinco fundos imobiliários que os investidores devem ter no radar em 2023 e listou os motivos.

As sugestões de Caio Araújo, analista da companhia, são os fundos KNCR11, RBRR11, BRCO11, BCFF11 e TEPP11.

O KNCR11, fundo de crédito da Kinea, é uma boa opção para os investidores conservadores, já que há uma baixa vacância dos imóveis. O fundo oferece retornos de CDI + 2%. “A grande atratividade seguirá por conta das operações de crédito atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário)”, aponta Araújo.

Com a perspectiva de que os juros devem permanecer em 13,75% ao ano até metade de 2023, ele deve continuar entregando rendimentos aos cotistas. Vale lembrar que o Certificado de Depósito Interbancário anda em paralelo com a Selic. Ou seja, enquanto um está a 13,75%, o outro está a 13,65%.

Publicidade

A segunda escolha, o RBRR11, foi feita pelo fato de este ser um fundo com uma estratégia de alocação mais flexível, tanto em operações de crédito ou indexações. A carteira do fundo é composta por quase 40 ativos, e grande parte deles é considerado high grade (alto nível de confiabilidade).

Cerca de 80% dos ativos são indexados à inflação, a uma taxa média de IPCA + 6,5%. O restante é indexado ao CDI + 2,5%. “Minha visão hoje é que o fundo negocia com desconto patrimonial em torno de 15%, chamando a atenção por estar em um patamar interessante”, disse Araújo.

O desconto patrimonial consiste na medida que representa o valor justo de um fundo. Ou seja, ele está 15% mais barato do que o mercado enxerga como preço ideal.

No caso do BRCO11, o fundo tem uma “gestão de qualidade tradicional no mercado logístico”, afirma o analista da Empiricus, já que os 11 empreendimentos que compõem o fundo estão localizados em capitais, facilitando a entrega de produtos de empresas de e-commerce para os clientes, analisa Araújo.

Outro fator que também deixa o investimento interessante para o próximo ano é o desconto patrimonial do fundo, que está na casa dos 20%.

Publicidade

A quarta escolha é o BCFF11, fundo que historicamente demonstrou mais resiliência que a média de FOFs (fundos que, em vez de investir diretamente em ativos finais, aplicam nas cotas de outros fundos) durante a pandemia. Isso porque à época, por conta do isolamento social, locais como os shoppings deixaram de funcionar, o que prejudicou em grande escala os fundos de tijolo.

Outro setor que também caiu foi as lajes corporativas, já que os profissionais foram obrigados a ficar em home office e muitos escritórios foram desativados.

Ou seja, os fundos alocados em um único investimento foram mais prejudicados que as opções focadas em diversificação. O fundo tem posições diversificadas tem em lajes corporativas, crédito imobiliário e logístico, além de ativos de tijolo.

Já o TEPP11 tem a característica de adquirir imóveis por um valor baixo, fazer melhorias e vendê-lo a preços superiores. Hoje, o investimento tem cinco ativos na carteira, sendo que um deles “deve estar prestes a ser alienado”, afirmou o especialista da Empiricus.

Como a maioria dos imóveis está localizados em São Paulo, e em regiões nobres, como Faria Lima e Paulista, “o fundo tem um potencial de valorização na casa dos 25% [em 2023]”.

Publicidade

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos