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Confira as estratégias para potencializar os ganhos em LCAs

A decisão de investir em LCs precisa levar em conta três pontos principais, segundo o especialista

Confira as estratégias para potencializar os ganhos em LCAs
Conheça as estratégias para ganhar mais com LCAs. Imagem: Adobe Stock
  • O E-Investidor conversou com o analista de renda fixa da Ágora Investimentos, Wellington Marques Gonçalves para entender as melhores estratégias da aplicação em LCAs;
  • A decisão de investir nestes ativos precisa levar em conta três pontos principais: a classificação de risco do banco emissor (Rating), as taxas oferecidas e o horizonte de investimento desejado;
  • No cenário atual, Gonçalves enxerga boas oportunidades em alocações prefixadas de curto prazo e, para horizontes maiores, a alocação em títulos IPCA+.

As LCAs são ativos de renda fixa muito conhecidos pelo mercado por seu baixo risco e isenção do Imposto de Renda (IR). Apesar dos benefícios que esse investimento oferece, a decisão de aplicar seu dinheiro nele deve ser feita com cautela. Pensando nisso, o E-Investidor conversou com o analista de renda fixa da Ágora Investimentos, Wellington Marques Gonçalves, para entender as melhores estratégias dessa aplicação.

Vale lembrar que as Letras de Crédito do Agronegócio funcionam como um empréstimo do seu dinheiro à instituição emissora do título. Dessa forma, ao final do período estabelecido, o valor aplicado volta à carteira acrescido dos juros. A variação da rentabilidade pode ser fixa, os títulos prefixados, ou estar atrelada a um indicador econômico, chamados de pós-fixados.

Nesse último, as referências podem ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), o Índice de Preços do Consumidor (IPCA) ou a Selic, a taxa básica de juros.

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O analista ressalta que mesmo com os alívios fiscais que as letras de crédito trazem, a decisão de investir nestes ativos precisa levar em conta três pontos principais: a classificação de risco do banco emissor (Rating), as taxas oferecidas e o horizonte de investimento desejado.

No que se refere às melhores estratégias para potencializar os ganhos em LCAs, Gonçalves explica que o o investidor precisa ter em mente que o fator IR é determinante sobre a rentabilidade dos títulos de renda fixa. Isso porque as taxas dos ativos isentos de imposto de renda são menores do que as taxas dos ativos tributados.

“Para tomar a melhor decisão, é necessário consultar a equivalência de taxas, que em geral é calculada disponibilizada pelas corretoras. Com a taxa equivalente em mãos, o investidor consegue comparar seu título isento de imposto com a taxa ofertada por um título de mesmo prazo que seja tributado”, comenta.

Essa taxa é resultado de um cálculo que envolve projeções de curva de juros e de inflação. O especialista da Ágora indica ainda verificar se o cálculo foi realizado de maneira exata ou aproximada, pois simplificações podem conduzir a escolhas desvantajosas.

Vale investir em LCAs agora?

A renda fixa está perdendo atratividade devido à projeção de cortes da Selic. Até o fim de 2025, é esperado que a taxa opere entre 8% e 9% ao ano.

Apesar de as LCAs prefixadas já serem calculadas com juros futuros, os ativos pós-fixados ficam menos interessantes. Isso acontece porque a maioria dos investimentos sem rentabilidade fixa variam com a taxa básica de juros, ou o CDI, que segue a Selic, fazendo o rendimento cair. É importante destacar, no entanto, que o valor final não está diminuindo, mas sim os rendimentos futuros.

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Enquanto isso, o IPCA – o indicador de inflação favorito do Brasil – aumentou nos últimos meses. Dessa forma, LCAs pós-fixados que rendem a partir dessa referência podem estar se valorizando mais.

No cenário atual, Gonçalves enxerga boas oportunidades em alocações prefixadas de curto prazo e, para horizontes maiores, a alocação em títulos IPCA+. “O LCA atrelado a esse índice apresenta retornos mais interessantes quando consideramos as projeções de inflação e a parcela de juro real ofertada atualmente”, explica.

Além disso, ele explica que as letras de crédito são investimentos interessantes para compor os mais diversos prazos no portfólio, a depender de seus objetivos e necessidades de liquidez. O analista ainda reitera que a comparação entre as taxas equivalentes dos ativos isentos de imposto com os ativos tributados é uma forma de avaliar com maior assertividade quanto o título de LCA pode render frente a demais opções de mercado.

Por fim, na visão de Gonçalves, o investidor precisa ainda levar em consideração a relação de risco e retorno, comparando taxas para bancos de mesmo porte e classificação de risco.

Quais os riscos de uma LCA?

Antes de investir na modalidade, é importante se manter atento aos riscos das LCAs. Questões como liquidezinflação e o tipo de prazo procurado pelo investidor são grandes pontos de atenção. Por exemplo, caso o investidor precise resgatar o dinheiro antes do dia de vencimento, não terá o seu rendimento garantido a depender da liquidez e pode ainda sofrer descontos no valor investido, dependendo do tempo de aplicação.

A inflação, por sua vez, vai determinar o poder de compra do investidor ao vencimento do ativo. Para títulos que possuem o IPCA como um dos indicadores para sua rentabilidade, ela pode influenciar ainda mais sobre o preço final do ativo.

Em relação às opções de resgate, prazos mais curtos podem deixar o porcentual de rendimento bem abaixo do registrado no ativo tradicional. Por isso, as LCAs são geralmente recomendadas para quem deseja realizar investimentos de médio ou longo prazo.

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