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‘Hora de entrar é agora’, dizem gestores sobre uma classe de fundos

Fundos imobiliários com shoppings e escritórios no portifólio são destaques do setor, dizem analistas

‘Hora de entrar é agora’, dizem gestores sobre uma classe de fundos
Foto: Pixabay
  • Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) de tijolo - que aplicam seus recursos em imóveis comerciais e residenciais - são a bola da vez no setor
  • Os fundos de tijolos estão baratos, isto é, com valor de mercado bem abaixo do valor patrimonial, o que representa um bom ponto de entrada para investidores. Além disso, o corte da Selic é iminente e o valor das cotas dos fundos deve subir em breve

Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) de tijolo, que aplicam seus recursos em imóveis comerciais e residenciais, são a bola da vez no setor, tendo em vista a perspectiva de redução da taxa básica de juros e de melhora da economia nacional, de acordo com avaliação de gestores.

O gestor de fundos imobiliários da XP Investimentos, Pedro Carraz, disse que está mais animado com o setor de shoppings, cuja recuperação pós-pandemia foi mais rápida do que o originalmente esperado. “Os shoppings têm menos visitantes do que antes da pandemia, mas as vendas já estão maiores. As pessoas vão aos shoppings destinadas a comprar”, observou.

O efeito disso foi que o XP Malls, fundo da XP dedicado ao setor com participação em 16 empreendimentos, já realizou uma distribuição de dividendos cerca de 30% acima do previsto em 2022. “Não esperávamos uma recuperação tão boa”, afirmou Carraz, acrescentando que vê um bom nível de atividade no segmento nos próximos meses. “O setor é promissor no curto prazo”, acrescenta.

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O sócio e fundador da VBI Real Estate, Rodrigo Abbud, também concordou que os fundos de tijolo estão em um ciclo de expansão. “Quando se vê o ponto de inflexão com a expectativa de redução da taxa de juros, a primeira resposta é de uma previsão de melhora em todos os setores imobiliários”, destacou.

Fundos de investimento de prédios comerciais

Além de shoppings, Abbud disse ver grande potencial de valorização em fundos de escritórios. Ele lembrou que esse mercado cresceu muito nos anos anteriores à pandemia e que ainda enfrenta consideráveis níveis de vacância e pressão contra altas dos aluguéis.

Há, entretanto, um movimento de volta aos prédios corporativos e readequação dos escritórios. “Vemos uma retomada de atividades do setor de escritórios como um todo, mas ainda no começo e sem reflexo direto no valor de aluguel. A exceção está nas regiões mais demandadas. No todo, vemos espaço para retomada, maior ocupação, ganho de aluguéis e distribuição de dividendos”, afirmou.

O fundador da Trinus, Diego Siqueira, também disse que os fundos de tijolo estão em um momento interessante dada a expectativa de recuperação da atividade econômica. A Trinus tem como foco o desenvolvimento de empreendimentos residenciais no interior do País, onde há poucos incorporadores, bons projetos e demanda resiliente, na sua avaliação. “Vemos grande oportunidade de explorar o interior do Brasil”, disse.

Os executivos participaram na última quarta-feira (31) do XP Talks, evento focado em fundos imobiliários. Outro ponto discutido durante o painel é que os fundos de tijolo estão baratos, isto é, com valor de mercado bem abaixo do valor patrimonial, o que representa um bom ponto de entrada para investidores.

Carraz, da XP, disse que o corte da Selic é iminente, o que elevará o valor das cotas dos fundos em breve. Na sua avaliação, faz sentido que os investidores comprem os ativos neste momento para surfarem a onda e não correrem o risco de se posicionar só após a valorização das cotas. “Daqui seis meses, nove meses, talvez seja o final da festa”, alertou.

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