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- Representantes do BTG Pactual Digital, da Warren e da XP Inc foram reunidos para falar dos modelos de aconselhamento para investidores
- Que a indústria tem muito espaço para crescer, todos concordaram. Mas ao apontar vantagens e desvantagens entre a figura de agentes autônomos (AAI), consultor e gestor, cada um enveredou por um lado
(Aramis Merki II) – Representantes do BTG Pactual Digital, da Warren e da XP Inc foram reunidos para falar dos modelos de aconselhamento para investidores. Que a indústria tem muito espaço para crescer, todos concordaram. Mas ao apontar vantagens e desvantagens entre a figura de agentes autônomos (AAI), consultor e gestor, cada um enveredou por um lado.
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Em painel promovido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Bruno Ballista, head de assessoria XP, Marcelo Flora, head do BTG Pactual Digital, e Tito Gusmão, CEO e fundador da Warren, citaram que o movimento de expansão das profissões ligadas aos investimentos que ocorre no Brasil segue a trilha do que já ocorreu nos Estados Unidos.
A conjuntura estimulou esse crescimento: baixa da taxa de juros e necessidade de maior diversificação nos investimentos. “É natural que o investidor, quando vai precisar tomar decisões sobre risco, procure um especialista”, diz Ballista. No caso dos AAIs, o total de habilitados era de 5 mil em dezembro de 2017, número que hoje passa de 12 mil.
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Flora aponta que o motor para o aumento da atividade de AAIs são os profissionais bancários. São cerca de 500 mil pessoas com algum tipo de certificação trabalhando em bancos. “Um próximo passo das carreiras bancárias é se tornar um assessor independente”, diz Flora.
A visão de Gusmão indica a divergência com os outros dois colegas. “A indústria vai crescer muito no Brasil, mas não vai ser em cima dos agentes autônomos”, diz. Fazendo a comparação com os EUA, ele indica que lá cerca de 75% deste mercado é dominado pelos consultores de investimentos.
A diferença que Gusmão aponta como determinante para sua preferência é que enquanto os AAIs recebem por comissões dos produtos que vendem, os consultores e gestores são remunerados pelo próprio cliente.
Flora, do BTG, bateu na tecla de que não tem preferência entre um modelo ou outro. “Não sabemos como este mercado vai caminhar no futuro. Temos nos dedicado a preparar nossa plataforma para os mais diversos tipos de correspondentes financeiros”.
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A contraposição mais enfática é a de Ballista, representante da empresa que catapultou a atividade de AAI e hoje tem cerca de 80% dos profissionais credenciados conectados em sua rede. “O AAI é um preposto da plataforma, então a corretora se responsabiliza pelo que ocorre. Os consultores e gestores têm responsabilidade direta”.