Para quem quer fazer o famoso "pé de meia", é importante saber qual é a melhor poupança para investir. (Foto: Pixabay)
O investidor tipicamente conservador praticamente não teve perdas no mês de março. O retorno bruto foi pequeno, de 0,27% no mês, mas ainda superior à inflação de 0,11% projetada para o período pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
“A maioria dos brasileiros ainda guarda o dinheiro na caderneta de poupança (+0,26% líquido), em CDBs de grandes bancos (+0,28% bruto) e em fundos DI (+0,27% bruto). Esse público praticamente não teve perdas, só se tinha alguma fatia pequena em ações, multimercados ou na renda fixa de maior risco”, afirma Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.
Ou seja, o brasileiro ainda prefere liquidez diária, a capacidade de resgatar o dinheiro no mesmo dia ou no dia seguinte (D+1), mesmo que o ganho seja pequeno.
Por outro lado, Moliterno diz que, mesmo investidores de perfil moderado devem ter visto, o valor das cotas diminuir.
“Os ativos de fundos de ações perderam bastante preço, e os multimercados de alta volatilidade também registraram uma redução bastante significativa em março”, diz ele. “Mas não vi resgates. O investidor está sendo bem cauteloso agora. Em crises passadas como a de 2008, o pessoal corria para resgatar”, completa.
De acordo com Moliterno, depois que a crise do coronavírus passar, o investidor moderado voltará a buscar mais riscos. “Nesse momento de incertezas, a procura é por aplicações menos arriscadas, em pós-fixados (fundos DI, CDB DI, Tesouro Selic), mas passada essa crise, os juros vão permanecer baixos, então o investidor deve adicionar um pouco mais de risco às suas carteiras”, conclui.