- "Há muitas peças móveis globalmente e dentro dos Estados Unidos que devem criar alguma volatilidade e oportunidade em 2022", disse Lisa Hornby, chefe de Renda Fixa Multissetorial
- Ashley Fagan, chefe global de ETF, Indexing, Smart Beta Strategic Clients da Amundi, disse ao fórum esperar mais volatilidade macroeconômica e inflação mais alta, defendendo "hedges" como ouro para proteger carteiras
- No geral, os investidores estão embolsando lucros nos índices de referência do mercado dos EUA e migrando para ações e ativos financeiros de alta qualidade
Investidores globais estão procurando com afinco bolsões de oportunidade e ficando mais seletivos em suas alocações em renda fixa e ações, disseram alguns gestores de fundos à Reuters, antecipando a volatilidade estimulada pela inflação mais acelerada e pela incerteza em torno da política monetária.
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“Há muitas peças móveis globalmente e dentro dos Estados Unidos que devem criar alguma volatilidade e oportunidade em 2022”, disse Lisa Hornby, chefe de Renda Fixa Multissetorial para os Estados Unidos da gestora de ativos Schroders, ao Reuters Global Markets Forum, acrescentando que a “estagflação” está crescendo como um risco potencial.
“Muito poucos mercados parecem baratos agora, há bolsões que ainda oferecem valor, mas esses são poucos e mais espaçados”, disse ela, apontando a dívida corporativa e municipal, que deve se beneficiar das reaberturas econômicas pós-covid, e títulos de mercados emergentes selecionados.
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Da mesma forma, Ashley Fagan, chefe global de ETF, Indexing, Smart Beta Strategic Clients da Amundi, disse ao fórum esperar mais volatilidade macroeconômica e inflação mais alta, defendendo “hedges” como ouro para proteger carteiras.
Enquanto permanece pró-risco, Fagan recomenda posição defensiva na dívida dos governos dos EUA e da Europa, e Hornby, da Schroders, está moderando os níveis de risco em carteiras de renda fixa.
No geral, os investidores estão embolsando lucros nos índices de referência do mercado dos EUA e migrando para ações e ativos financeiros de alta qualidade, disse Fagan, que, na renda fixa, prefere títulos de “duration” (uma medida de risco) mais curta.
A maioria dos investidores espera que o Federal Reserve anuncie uma redução gradual das compras de ativos em sua reunião de novembro — movimento que Hornby já vê como totalmente precificado pelos mercados de títulos, mas há mais incerteza em torno de quando o banco central aumentará as taxas de juros.
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As curvas de rendimento dos títulos do governo dos EUA e do Reino Unido se achataram na semana passada, indicando preocupação sobre como os formuladores de política monetária equilibrarão o aumento da inflação com uma frágil recuperação econômica.
Hornby vê o Fed sendo mais cauteloso e mantendo uma política acomodatícia por mais tempo do que os mercados atualmente esperam — portanto, as curvas de rendimento deveriam se inclinar e a taxa do Treasury de dez anos (referência global) poderia ser negociada perto de 1,75%.
Fundos de títulos dedicados a dívidas protegidas pela inflação registraram seus maiores ingressos em mais de dois meses na semana passada, enquanto a BlackRock e a Vanguard anunciaram o lançamento de ETFs de títulos mais seletivos.