A quantidade de CPFs registrados na Receita Federal que declararam operações com criptoativos saltou 68% em julho, passando de e 794.755 em junho para 1.336.715. A declaração de operações com criptomoedas se tornou obrigatória em 2019 e esta é a primeira apuração mensal na qual a quantidade de investidores ultrapassa 1 milhão.
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De acordo com um relatório divulgado nesta semana pela Receita Federal, o número de investidores brasileiros em criptomoedas aumentou cerca de 200% este ano. No entanto, é provável que o total de investidores brasileiros de criptomoedas supere o contingente apurado pela Receita, uma vez que os registros contemplam os CPFs que transacionaram ativos digitais a partir das informações repassadas por exchanges de criptomoedas que atuam no Brasil ou pelos próprios investidores, no caso de transações cujo valor ultrapasse o total de R$ 30 mil em um único mês.
Apesar do aumento no número de investidores usando criptomoedas em julho, o total de criptoativos negociados foi 10,6% menor que o registrado em junho, de R$ 13,7 bilhões para R$ 12,2 bilhões, e praticamente a mesma variação ante o mesmo período do ano passado.
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Já as exchanges brasileiras, negociaram R$ 8,2 bilhões, queda de 7% em relação a junho (R$ 8,9 bilhões) e de 8,4%, ante julho do ano passado, quando foi de R$ 9 bilhões.
Ainda em julho, as negociações via exchanges não domiciliadas no Brasil feitas por pessoas físicas e pessoas jurídicas, somaram R$ 1 bilhão, volume 40,6% inferior ao reportado em junho. Já as transações sem o uso de exchanges, ou seja P2P (peer to peer), movimentaram R$ 3 bilhões, sendo R$ 24,4 milhões entre PFs e R$ 2,9 bilhões entre PJs.
A liderança das operações segue com o bitcoin (BTC). Foram 2,9 milhões de transações, movimentando R$ 1,7 bilhão. Em seguida, está a altcoin ethereum (ETH), que teve 1,4 milhão de transações, negociando R$ 612,8 milhões.
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