- O mercado de securitização é a preferência de renda fixa da Janus Henderson para aproveitar o momento de alta nas taxas de juros dos Estados Unidos
- Os spreads dos títulos securitizados estão sendo negociados nos maiores níveis em 10 anos, um fator que joga a favor desses ativos em comparação ao crédito privado
- Na visão da gestora, as CLOs poderiam ser uma alternativa para garantir retornos entre 5% a 8%, sem que investidores tenham que optar por títulos de crédito privado de ratings mais baixos
Nem títulos públicos, nem crédito corporativo. O mercado de securitização é a preferência de renda fixa da Janus Henderson para aproveitar o momento de alta nas taxas de juros dos Estados Unidos.
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Muito comuns nos Estados Unidos e na Europa, os CLOs, sigla do inglês “Collateralized Loan Obligation”, são obrigações de empréstimo colateralizadas. Trata-se de um título que agrupa diversos empréstimos corporativos – a união disso em um único ativo é a securitização. O investidor compra uma participação nessa estrutura, chamada “tranche”, e é ela que determina quem será pago primeiro quando os pagamentos do empréstimo começarem a ser feitos.
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Mas por que investir em um CLO e não em um título de dívida corporativa? O valuation, diz a Janus. Os spreads dos títulos securitizados estão sendo negociados nos maiores níveis em 10 anos, um fator que joga a favor desses ativos em comparação ao crédito privado.
Com os dados de inflação dos EUA acima do esperado, o retorno futuro dos CLOs também agrada a gestora em um cenário que parece indicar para juros mais longos por mais tempo. O entendimento é que títulos “triple A” oferecem um potencial de retorno atraente em diferentes cenários – o que poderia ser uma opção menos volátil caso os juros americanos não caiam na velocidade que o mercado está precificando; o que é o cenário-base na Janus.
Assim, as CLOs poderiam ser uma alternativa para garantir retornos entre 5% a 8%, sem que investidores tenham que optar por títulos de crédito privado de ratings mais baixos.
As perspectivas da gestora global para o mercado de crédito corporativo e de securitização foram passadas nesta quarta-feira (14), em um evento para jornalistas, que contou com a presença de John Kerschner, chefe de produtos securitizados nos EUA e gestor de portfólio; Seth Meyer, chefe de estratégia de renda fixa e gestor de portfólio; e John Lloyd, líder de estratégias de crédito multissetoriais e gestor de portfólio; todos da Janus Henderson Investors.