O Itaú BBA manteve sua carteira recomendada de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) para junho. O portfólio contém 12 ativos e tem ganho acumulado de 3,49% em 2024, contra o avanço de 2,3% registrado pelo IFIX (índice de referência de FIIs da B3) no mesmo período.
Leia também
Considerando apenas o resultado de maio, a carteira de fundos do banco recuou 0,32%, enquanto o IFIX subiu 0,02%. O mês foi marcado por decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual, levando a taxa básica de juros brasileira ao patamar de 10,5% ao ano. Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas entre 5,25% a 5,5% ao ano.
O relatório mensal do Itaú BBA mostra que o fundo Devant Recebiveis Imobiliarios (DEVA11) foi o que mais subiu em maio, entre as opções listadas no IFIX, com uma valorização 17,5%. Na sequência, vieram Merito Desenvolvimento Imobiliario (MFII11) e RBR Properties (RBRP11), que registraram ganhos de 16,8% e 16,3%, respectivamente, no período.
Publicidade
Do lado oposto, o fundo Tordesilhas (TORD11) recuou 24,3% e acumulou a principal perda no mês. Em seguida, estiveram Rec Renda Imobiliária (RECT11) e Hectare (HCTR11), que observaram baixas de 19% e 15,9%, respectivamente.
A analista Larissa Nappo, do Itaú BBA, destaca que, olhando para a composição atual do IFIX, as melhores performances setoriais em maio, na média, vieram dos fundos de fundos (FOFs) e dos fundos de ativos financeiros. Em contrapartida, os FIIs de shoppings mostraram queda no mês.
Já em 2024, o destaque fica com os fundos de ativos financeiros. “Em um momento de redução dos juros e, consequentemente, retomada da inflação, vemos nos fundos indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) uma boa perspectiva de distribuição de rendimentos e isso já se reflete no mercado secundário”, afirma Nappo.
Na ponta negativa, os fundos de lajes corporativas mostram a pior performance em 2024, mesmo com os impactos do home office endereçados e com a taxa de vacância (percentual de um empreendimento que se encontra vago) diminuindo. Para o banco, o setor tem sofrido por carecer de imóveis de qualidade e bem localizados.
Mesmo considerando o atual patamar da taxa de juros, Nappo considera que os fundos imobiliários continuarão com uma boa relação de risco-retorno em comparação a outras classes de ativos. “No entanto, incertezas em relação ao cenário político, além dos riscos fiscais brasileiros, podem trazer volatilidade no curto prazo. Precisamos acompanhar de perto o movimento na curva longa de juros, que vem ditando o ritmo do mercado”, destaca.
Publicidade
Abaixo, confira a carteira completa de FIIs recomendada pelo Itaú BBA para junho:
Fundo | Ticker |
---|---|
HSI Malls | HSML11 |
Bresco Logística | BRCO11 |
VBI Logístico | LVBI11 |
Kinea Renda Imobiliária | KNRI11 |
CSHG Recebíveis Imobiliários | HGCR11 |
CSHG Renda Urbana | HGRU11 |
XP Malls | XPML11 |
VBI Prime Properties | PVBI11 |
RBR Properties | RBRP11 |
Kinea Índices de Preços | KNIP11 |
Kinea Rendimentos Imobiliários | KNCR11 |
Kinea High Yield CRI | KNHY11 |