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Corretora de criptos registra salto de 566% no volume transacionado

Em maio, a corretora Mercado Bitcoin alcançou a marca dos R$ 13,17 bilhões em valores transacionados

Corretora de criptos registra salto de 566% no volume transacionado
Cesta de criptomoedas (Foto: Evanto Elements)
  • Maio não foi tão generoso para os investidores de criptomoedas: o Bitcoin encerrou o mês com queda acumulada de 39% 
  • Por outro lado, as corretoras especializadas na negociação de criptoativos parecem ter seguido uma tragetória oposta
  • Nos EUA, por exemplo, as corretoras registraram um recorde de US$ 2,31 trilhões em volume negociado

Maio não foi tão generoso para os investidores de criptomoedas: o Bitcoin encerrou o mês com queda acumulada de 39%. Por outro lado, as corretoras especializadas na negociação de criptoativos parecem ter seguido uma tragetória oposta. O Mercado Bitcoin, por exemplo, revelou em primeira-mão para o E-Investidor que registrou um aumento de 566% no volume transacionado na plataforma, em comparação com o mesmo período de 2020.

Em maio, a corretora alcançou a marca dos R$ 13,17 bilhões em valores transacionados. No mesmo mês de 2020, o montante foi de R$ 1,97 bilhão. Apesar disso, Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, falou que o BTC teve um fechamento expressivo. “Vimos o pior mês do Bitcoin em reais desde dezembro de 2013”, diz.

Nos EUA, segundo informações da plataforma de research especializada em criptos The Block, as corretoras registraram um recorde de US$ 2,31 trilhões em volume negociado no mês. As maiores do mercado norte-americano são a Binance, especializada em negócios cripto para cripto, e a Coinbase, na parte de conversões de moedas fiduciárias, que movimentaram US$ 1,52 trilhão e US$ 201 bilhões, respectivamente.

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“Maio foi um mês um tanto quanto desafiador. Mais do que o pior mês desde dezembro de 2013, foi uma grande estreia em um mercado de forte baixa para muita gente”, diz Tota.

Ether o grande destaque

Apesar de não ter sido a criptomoeda mais negociada em maio, o Ether, critptoativo da rede Ethereum, terminou o mês quase empatado com o Bitcoin. Considerando o volume de operações financeiras na corretora, a moeda abocanhou 24,54% do total negociado, enquanto o BTC fechou com uma fatia de 25,25%.

Segundo Tota, o Ether já valorizou cerca de 250% no acumulado de 2021 e vem se consolidando cada vez mais como o segundo grande ativo da cripto economia. Vale lembrar que no primeiro dia do ano, a criptomoeda estava cotada a R$ 3.815,05. Nesta sexta-feira (4), o Ether está em queda de 6,23% no acumulado das últimas 24 horas, cotado a R$ 13.470,93.

“Essa consolidação da criptomoeda acontece por ela ser utilizada como a grande plataforma para outras iniciativas nesse universo cripto. Ela é a base para as aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) e também para os NFTs, a cripto arte”, diz o diretor da Mercado Bitcoin.

Normalmente, os investidores iniciantes neste segmento fazem o primeiro contato com o Bitcoin, mas acabam entendendo rapidamente o segmento e mergulhando em outros ativos que existem no mercado. Isso foi o que aconteceu com o Ether.

Dicas

Aqueles que acreditavam que as criptomoedas estavam caras demais e esperavam uma hora para entrar no mercado, Tota diz que essa queda expressiva pode ser uma boa oportunidade de entrada.

“O mercado ainda não tem claramente um sinal para onde vai e se vamos retomar com força uma alta ou não. Estamos em um período de acomodação”, diz.

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O diretor passa uma dica para os investidores que têm a intenção de entrar no mercado, mas estão receosos de comprar e descobrir que não estão no fundo. É uma técnica conhecida como DCA (Dollar Cost Average), que consiste em dividir seus aportes em partes iguais a fim de obter um preço médio de entrada e, em tese, atenuar as eventuais oscilações mais bruscas das criptomoedas.

“Ao invés de alocar, por exemplo, 5% do seu patrimônio de uma vez, por que não dividir em 5 entradas de 1%? Assim você não precisa acertar aquele grande momento para fazer a sua alocação”, diz Tota.

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