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- A investidora afirma que é preciso considerar a janela de aproximadamente 40 anos no qual o trabalhador será produtivo e montar uma carteira que pode dar frutos.
O imediatismo dos investidores é uma das característica que dificultam o tão sonhado “viver de renda”, na opinião de Louise Barsi, sócia-fundadora da AGF (Ações Garantem Futuro) e filha do megainvestidor Luiz Barsi. Ela destaca ser importante passar pela “dor da disciplina”, uma vez que “a dor do arrependimento é muito maior”.
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“Existem vários produtos que suprem o objetivo de ter renda passiva: fundos imobiliários, fundos de previdência e ações, que são menos ortodoxas. E ter pouco dinheiro tende a ser um impeditivo para quem está começando, mas existem excelentes ações abaixo de R$ 20. Os dividendos que vão cair são centavos, mas o investidor é muito imediatista. Quer viver de renda, mas será que está se planejando, pensou no longo do tempo?”, disse Barsi, durante painel na Expert XP, na tarde da sexta-feira (1), em São Paulo.
A investidora afirma que é preciso considerar a janela de aproximadamente 40 anos no qual o trabalhador será produtivo e montar uma carteira que pode dar frutos. “É o PDP: prioridade, disciplina e paciência”, destacou, acrescentando que “a dor da disciplina é grande, mas do arrependimento é maior”.
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Marcos Baroni, analista de fundos imobiliários da Suno Research e conhecido como “Professor Baroni”, diz que o ambiente para investimentos mudou, agora com mais chance de conhecimento e debates. Segundo Baroni, o primeiro passo é acreditar que é possível viver de renda e se esforçar para poupar e investir, assim como buscar educação financeira. “Seu conhecimento vai moldando suas escolhas”, afirma.
Busca por dividendos
Para Louise Barsi, “não existe nenhum outro multiplicador de patrimônio e gerador de renda como ações”. Ela conta que seus setores favoritos para construir um patrimônio via Bolsa são bancos, energia, seguros, saneamento e telecomunicações. “Mas tem que olhar a empresa, se tem uma boa política de distribuição de proventos, perenidade, resiliência e se tende a corrigir as despesas com inflação”, afirma. “É um filtro inicial, mas não basta fechar os olhos e comprar qualquer coisa desses setores. Tem que ser investigador.”
Segundo a investidora, é importante ainda saber onde se quer chegar – quanto de renda a pessoa deseja receber no desinvestimento? “A conta básica é com uma meta de quantidade de ações. Se quero me aposentar com R$ 1 mil por mês, serão R$ 12 mil por ano. Se a empresa paga em média R$ 2 de dividendos por ação por mês, você precisa acumular seis mil ações. Fracione esse investimento nos próximos 20 anos, se planeje para isso”, explicou Barsi.
A sócia-fundadora da AGF conta que, atualmente está olhando mais para os papéis de Taesa, Taurus e Auren Energia, pelo interesse nos setores e a expectativa de pagamento de dividendos.