Investimentos

Duda Rocha: “Nunca estaria vendido em Petrobras”

CIO de gestão de recursos da Occam Brasil destaca as oportunidades no mercado brasileiro

Duda Rocha: “Nunca estaria vendido em Petrobras”
Logo da Petrobras na sede da empresa no Rio de Janeiro 16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes
  • Em um cenário de muitas incertezas, com inflação e juros altos, é necessário escolher empresas resilientes, que consigam repassar preços e que estejam desalavancadas
  • Para lidar com essa conjuntura, a Occam Brasil tem preferência por financeiras e pelo setor de commodities

Para Duda Rocha, CIO de gestão de recursos da Occam Brasil, os ativos estão muito baratos não só no Brasil, como no mundo. Isso significa que o investidor não precisa se aventurar em ativos ilíquidos e cases difíceis para conseguir ganhar dinheiro.

No entanto, em um cenário de muitas incertezas, com inflação e juros altos, é necessário escolher empresas resilientes, que consigam repassar preços e que estejam desalavancadas. Isso porque as expectativas é de que os juros no mundo fiquem mais altos do que o mercado espera e por mais tempo.

Para lidar com essa conjuntura, a Occam Brasil tem preferência por financeiras e pelo setor de commodities. “Não é a toa que falam que Petrobras é a empresa mais barata da bolsa. Somos cautelosos, mas nunca estaria vendido em Petro, para nós a assimetria é para cima”, afirma Rocha.

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O setor elétrico, conhecido pela resiliência, alta capacidade de repasse de preços e dividendos robustos, também chama a atenção do CIO. Dentro desse segmento, a recém privatizada Eletrobras (ELET6) é um dos cases interessantes, junto com Eneva (ENEV3).

“No Brasil é fundamental ter proteção contra a inflação. Eu tenho muitos anos como investidor e, investindo no Brasil, aprendi a acreditar em assombração”, diz Rocha.

As declarações foram feitas durante a Nord Experience, evento promovido pela Nord Research no último sábado (25) e patrocinado pelo BTG Pactual. Rocha participou do painel ‘Melhores setores para ganhar dinheiro com ações no Brasil’, junto com Sara Delfim, sócia e membro da equipe de gestão da Dahlia Capital, e Cesar Paiva, CEO e fundador da Real Investor.

Na ocasião, os especialistas também ressaltaram o valuation descontado da bolsa brasileira, que estaria em níveis comparáveis ao da crise de 2008. “Quando falamos de Petrobras é 40% de dividendo no ano. A Vale recomprando ações. Dá para falar de vários setores que estão em níveis muito baratos de ‘barateza'”, brincou Delfim.

Questionado se a bolsa brasileira poderia ficar ainda mais barata no curto e médio prazo, Paiva afirmou não saber responder. “Não tenho a resposta para se a bolsa ficará ainda mais descontada. O que eu sei é que quando a bolsa está barata temos que comprar”, diz.

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