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- Passados os primeiros seis meses do ano e uma valorização de 12,44% do Ibovespa, principal índice da Bolsa de valores, resta aos investidores se questionarem: onde investir no segundo semestre?
- Para responder essa pergunta, o E-Investidor consultou Ricardo França, analista de investimentos da Ágora
Passados os primeiros seis meses do ano e uma valorização de 12,44% do Ibovespa, principal índice da Bolsa de valores, investidores se questionam onde investir no segundo semestre? Para responder essa pergunta, o E-Investidor consultou Ricardo França, analista de investimentos da Ágora.
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No decorrer da Live, sob o comando da repórter Rebecca Crepaldi, França destacou diversos pontos para os investidores ficarem de olho no segundo semestre, mas o analista deu maior enfoque para a Reforma Tributária. “O foco para o segundo semestre é a Reforma Tributária”, disse.
Segundo ele, apesar da relevante alta vista no Ibovespa no primeiro semestre, o mercado já se antecipou a alguns direcionadores, como os efeitos do arcabouço fiscal e da queda na Taxa de juros Selic – atualmente em 13,75% ao ano.
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“Acho que parte dos indicadores que levaram à alta da bolsa já foram incorporados e nós precisamos de novos direcionadores, como o avanço na Reforma Tributária e até onde a Selic pode cair”, explicou.
França também destacou que esse pode ser um momento interessante para começar a se expor na renda variável, considerando que a iminente queda nos juros favorece ativos de maior risco.
“Nossa bolsa é barata, tem muitas oportunidades, então é importante que o investidor seja seletivo em seus investimentos”, disse. “Agora é hora de diversificar com renda fixa e variável. Os juros vão seguir altos, mas com a queda a bolsa deve melhorar”, completou.
O que deve ficar no radar do investidor?
Além da Reforma Tributária, França ainda mencionou outros pontos, principalmente no exterior, que podem influenciar os investimentos e a economia brasileira.
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De acordo com sua análise, é preciso ter atenção com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a política monetária do país.
“Um dos maiores riscos ainda é a política monetária dos EUA. O Fed ainda deve aumentar os juros na próxima reunião, além de ter o desafio de tentar combater a inflação com o aumento dos juros, mas ao mesmo tempo não prejudicar a atividade econômica do país”, pontuou.
Além dos Estados Unidos, França disse que é necessário prestar atenção em novas movimentações da guerra na Ucrânia e na possível retomada da economia da China, maior parceiro comercial do Brasil.
O que deve ficar na carteira do investidor no segundo semestre?
França destacou que é necessário manter a carteira de investimentos diversificada. Opções na renda fixa, variável e até com o dólar, que ainda tem espaço para quedas de acordo com sua análise, são uma boa opção.
“Levando em consideração o dólar de longo prazo, ele pode ceder um pouco mais. Então não acho que ele deva gerar grandes retornos no longo prazo, mas pode ser interessante para diversificação e ajudar no controle da volatilidade”.
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O analista também comentou sobre algumas ações que devem desempenhar bem no segundo semestre do ano, recomendadas na carteira da Ágora.
“O setor elétrico é uma boa opção para o segundo semestre, como Copel, Eletrobras e Taesa. Além dessas empresas, a Vale, que não teve um bom desempenho neste início de ano, deve se recuperar no segundo semestre. Com a queda nos juros, o setor de varejo pode ser interessante também”, disse.