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Por que essa corretora vê oportunidades em ETFs na Irlanda

Benefícios tributários e exposição a dólar e a euro estão por trás da aposta da Warren Investimentos

Por que essa corretora vê oportunidades em ETFs na Irlanda
Irlanda é conhecida entre brasileiros como destino turístico, mas também há oportunidades de investimento. (Foto: Envato)
O que este conteúdo fez por você?
  • Para muitos investidores, investir no exterior significa investir nos Estados Unidos. Mas isso não significa que não existam oportunidades em outros mercados globais
  • A aposta da Warren Investimentos são os Exchange Traded Funds (ETFs) da Irlanda
  • Com benefícios tributários e exposição a dólar e euro, gestora da corretora vê oportunidades nesses ativos

A diversificação internacional é defendida por muitos especialistas como uma das formas mais eficazes de proteger a carteira de investimentos, atribuindo parte do portfólio a uma moeda forte e descorrelacionando parte dos riscos ligados ao mercado brasileiro. Para muitos, investir no exterior significa fazer aplicações nos Estados Unidos. Mas isso não significa que não existam oportunidades em outros mercados globais.

Como contamos aqui, alguns analistas acreditam que a janela de investimento em ações americanas se fechou, ao menos por hora. Mas há oportunidades menos óbvias no radar.

A aposta da Warren Investimentos são os Exchange Traded Funds (ETFs) da Irlanda. O país é considerado um dos mais abertos da Europa, destino de muitos brasileiros para viagens de férias ou até estadias maiores, como intercâmbios. Seu mercado de capitais, no entanto, não é tão conhecido entre os investidores daqui.

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Segundo Eduardo Grübler, gestor quantitativo da Warren, não é preciso conhecer muito do país para investir nos ETFs irlandeses. Isso porque esses produtos funcionam como fundos de renda fixa ou variável, que replicam índices de referência. A Irlanda é somente o domicílio, o país onde o ETF está incorporado. “Isso não significa que a pessoa estará investindo em empresas ou títulos públicos irlandeses”, diz.

Por que, então, a preferência por um mercado tão específico? A resposta está ns benefícios que ele oferece, especialmente os tributários. Investidores com conta no país, ainda que sem residência fiscal como os brasileiros, não estão sujeitos, por exemplo, ao imposto de sucessão, cobrado nos investimentos nos EUA. O imposto cobrado sobre os dividendos também é menor na Irlanda: 15% e não 30%, como nas ações americanas.

“Se você investe na Apple e recebe US$ 20 de dividendos da marca, o valor líquido que será transferido para a sua conta será de US$ 14, ou seja, os 30% restantes serão retidos na fonte pelo governo americano”, afirma Grübler. “Se optar por um ETF Irlandês, em vez de receber apenas os US$ 14 do exemplo acima, o ETF recebe US$ 16, melhorando o rendimento do investidor.”

Como esses ETFs são apenas incorporados na Irlanda, mas não obrigatoriamente nas empresas locais, o seu investimento pode estar exposto no mundo inteiro. Ou seja, permite que o investidor se exponha a diferentes mercados e moedas, como dólar e euro. Outra vantagem, na visão do gestor da Warren.

As opções de ETFs irlandeses

Atualmente, há 81 ETFs listados na B3, mas nenhum deles tem relação com essa tese de investimentos voltada à Irlanda. Para acessar esses ativos, é preciso investir em corretoras que disponibilize acesso às bolsas de valores europeias, como a Bolsa de Londres.

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Os principais ETFs irlandeses disponíveis no mercado são da gestora global Black Rock; e são eles que a Warren está disponibilizando a seus clientes. Há ETFs que replicam índices da renda fixa americana, outro que segue o preço do ouro e um voltado especificamente para ações globais. Este último é o que tem melhor desempenho nos últimos 12 meses, e é um ativo do tipo acumulação.

Os ETFs de acumulação reinvestem os dividendos pagos pela carteira do fundo. Assim, apesar de não receber os proventos, o investidor vê seu capital aumentar. O outro tipo de ETF, de distribuição, realiza o pagamento dos dividendos. Nesse caso, o investidor precisa pagar o imposto de renda no Brasil sobre os ativos.

“Levando em consideração os pontos explicados acima, a melhor opção é investir em ETFs de acumulação, pois os dividendos ou cupons têm sua tributação diferida, até que o ETF seja vendido, quando se deve apurar se houve ganho de capital no investimento”, explica Grübler, da Warren.

Veja o desempenho desses ativos:

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