

O ouro vem renovando recordes históricos desde meados de 2024, mas acelerou o movimento nas últimas semanas com a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China. As tarifas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, levaram a uma onda de aversão a risco nos mercados globais. Como resultado, a commodity, que é tida como um porto seguro em meio à volatilidade, disparou.
Até meados de março, a onça-troy nunca havia rompido os US$ 3 mil na história. Menos de um mês depois, impulsionado pelo tarifaço de Trump, o ouro fechou a última sexta-feira (11) acima dos US$ 3,2 mil pela primeira vez. Agora, o mercado começa a se questionar se há espaço para mais.
O Goldman Sachs elevou seu preço-alvo para o ouro ao final de 2025 de US$ 3,3 mil para US$ 3,7 mil (15,6% acima do preço de sexta-feira). É a segunda vez que a instituição aumenta a projeção para o metal em menos de dois meses.
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Em relatório divulgado nesta segunda-feira (14), o banco destaca que a mudança no modelo foi feita para incorporar uma demanda mais forte pelo metal por parte dos bancos centrais, além do aumento do risco de recessão. Os economistas do Goldman agora atribuem uma chance de 45% para uma recessão na economia americana.
Em contextos assim, o fluxo em ETFs de ouro é maior, o que pode impulsionar a cotação da commodity até o fim do ano. “Se ocorrer uma recessão, o fluxo de ETFs pode ser ainda mais forte e elevar os preços do ouro para US$ 3.880 a onça-troy até o final do ano”, diz o banco no relatório.