A renda fixa vem puxando o crescimento de captações no mercado de capitais brasileiro, num volume de R$ 35,2 bilhões emitidos em agosto, configurando o terceiro melhor mês do ano do setor financeiro (ver quadro). Desse total, apenas R$ 1,2 bilhão são follow-ons em renda variável. Os dados foram divulgados nesta terça (12) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
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Segundo a Anbima, além do crescimento das emissões em agosto, a participação das pessoas físicas nas subscrições e a não recuperação da renda variável, mesmo com o início do ciclo de queda dos juros, são os destaques do mês.
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No ano, o volume total emitido é de R$ 229 bilhões, contra R$ 357 bilhões colocados no mesmo período de oito meses de 2023.
CRIS são destaque em agosto
Agosto foi o mês com o maior volume de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) (R$ 6,8 bilhões), representando 28% de todas as emissões do ano.
Do total, 41,7% desses créditos foram tomados por pessoas físicas e 37,1% por fundos de investimento.
Os fundos imobiliários também registraram o melhor mês em quantidade de emissões neste ano, com R$ 3,08 bilhões, ou 22% do total acumulado em 2023. A maioria das subscrições foram realizadas por pessoas físicas, com 54% de participação.
Debêntures são os títulos mais emitidos
As debêntures são os títulos de crédito mais utilizados no mercado, com um volume de R$ 20 bilhões emitidos, ou 55% do total do mercado de capitais. De janeiro a agosto, esses papeis apresentam prazo médio de 6,6 anos, um aumento em relação a 2022, com 6,1 anos.
Os recursos levantados pelas empresas continuam a fluir principalmente para capital de giro (43,8% do total), seguidos por investimentos em infraestrutura (27,2%). Aproximadamente 60% das subscrições de debêntures foram encarteiradas por intermediários e outros participantes relacionados à oferta.
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