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Como a conservadora Poupança conquistou novos investidores

Pesquisa da Anbima revela que 26% dos 5.818 entrevistados mantêm recursos na caderneta

Como a conservadora Poupança conquistou novos investidores
(Foto: Envato)
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  • O aumento na adesão à poupança foi percebido em dois dos três estratos econômicos definidos pela pesquisa
  • A pesquisa captou um movimento importante de diversificação da carteira de investimentos em todos os estratos econômicos
  • O percentual da população que não conhece ou não utiliza nenhum tipo de investimento teve uma queda significativa, recuando de 66% para 58%

A caderneta de poupança manteve sua posição de destaque entre os investimentos preferidos dos brasileiros em 2022. Os dados do Raio X do Investidor, divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o DataFolha, apontam que 26% dos 5.818 entrevistados mantêm recursos na caderneta, representando um aumento de três pontos percentuais em relação ao ano anterior.

O crescimento foi percebido em dois dos três estratos econômicos definidos pela pesquisa. A maior diferença foi registrada na classe C, com 27% dos seus membros declarando preferência pela poupança em 2022, contra 23% no ano anterior. Na classe D/E, o aumento foi de três pontos, indo de 14% para 17%.

Já a classe A/B manteve o mesmo porcentual de 2021, com 34% optando pela caderneta.

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Entretanto, a pesquisa realizada em parceria com o Datafolha também captou um movimento importante de diversificação da carteira de investimentos em todos os estratos. Mais pessoas declararam investir em fundos, títulos privados, moedas digitais e previdência privada.

“A poupança ainda figura como protagonista por causa da familiaridade do brasileiro com esse investimento e a percepção de que é algo acessível. Mas, à medida que as pessoas vão tendo acesso às informações sobre outros produtos financeiros, ficam mais confiantes em diversificar sua carteira”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Educação da Anbima.

As pessoas da classe A/B são as que mais diversificam, aplicando seus recursos em fundos de investimento e títulos privados (com 11% de menções cada), moedas digitais, ações e previdência privada (com 6% cada) e títulos públicos (4%).

A pesquisa indicou ainda que o percentual da população que não conhece ou não utiliza nenhum tipo de investimento teve uma queda significativa, recuando de 66% para 58% na mesma base de comparação.

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Por outro lado, algumas categorias de investimento seguem inalcançáveis pelos mais pobres. Ações na bolsa de valores, previdência privada e títulos públicos via Tesouro Direto seguiram estagnados em 0% para a classe D/E.

Pesquisa

Esta é a sexta edição da pesquisa Raio X do Investidor, realizada pela Anbima em parceria com o Datafolha. As entrevistas aconteceram entre 9 e 29 de novembro de 2022, de forma presencial, com 5.818 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Confira os números:

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