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Investimentos

Quanto você teria hoje se tivesse investido no Banco do Brasil há quase 30 anos?

Com 38 anos de operação em bolsa de valores, as ações do Banco do Brasil se valorizaram muito após o Plano Real

Quanto você teria hoje se tivesse investido no Banco do Brasil há quase 30 anos?
Aplicativo do Banco do Brasil (BBAS3) - (Foto: Adobe Stock)
  • Com 216 anos de história, o crescimento do BB também trouxe retornos significativos àqueles que investiram nas suas ações
  • Levantamento da Economatica mostra que um investimento inicial de R$ 1.000 rendeu 5.507% ao longoo de quase 30 anos
  • E vale lembrar que aplicar dinheiro em ações é mais indicado àqueles que procuram um investimento de longo prazo

O Banco do Brasil (BBAS3) é uma das instituições financeiras mais antigas do País, com 216 anos de existência – sendo 38 deles em operação na Bolsa de valores – , com o governo federal brasileiro como acionista majoritário. No entanto, outros investidores também conseguem lucrar com o movimento das ações do banco (BBAS3).

Com tantos anos de história, o crescimento da instituição também trouxe retornos significativos àqueles que investiram nas suas ações. Para entender melhor essa valorização, a Economatica realizou um levantamento a pedido do E-Investidor sobre quanto você teria hoje se tivesse investido nas ações BBAS3 desde implementação do Plano Real, em 1994. É importante ressaltar que, como o Plano Real começou em julho de 1994, a conta foi feita a partir de 1995.

Segundo os dados apresentados, um investimento inicial de R$ 1.000 rendeu 5.507% nos últimos trinta anos. Isso significa que hoje você teria um patrimônio de R$ 56.071 apenas com um aporte de R$ 1.000 nas ações do BB.

Esse resultado que o banco pode proporcionar com suas ações é fruto de grandes transformações ao longo dos mais de 200 anos desde a sua fundação, como a abertura de capital e a aceitação de novos investidores. Além disso, vale destacar a recente abordagem mais favorável ao crescimento inorgânico, com a aquisição de outras instituições financeiras. Segundo, José Francisco Cataldo Ferreira, superintendente de Research da Ágora Investimentos, o período entre 1995 e 2000 caracterizou-se por esforço de redução de custos e melhoria de resultados, tendo a partir de então uma atuação mais voltada ao lucro e a competição.

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Ele explica que uma onda de incorporações começou a ganhar notoriedade em 2008, como o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC). Ainda neste ano, o Banco do Estado do Piauí foi incorporado pelo Banco do Brasil, ficando também responsável pelas contas e pelo pagamento dos servidores do Governo daquele Estado. Além disso, a Nossa Caixa, que pertencia ao Governo do Estado de São Paulo, passou a fazer parte do grupo – mesmo ano em que o BB anunciou, por R$ 4,95 bilhões, a compra de 49,9% das ações do Banco Votorantim.

Em abril de 2010, foi a vez do Banco Patagonia, da Argentina. Nos anos seguintes, o Banco Postal foi adquirido via licitação, em 31 de maio de 2011, com um lance de R$ 2,3 bilhões. O Banco Postal possuía, à época, mais de 6 mil postos de atendimento, o que deu ao BB o primeiro lugar em rede de atendimento do país – posto mantido até hoje. Finalmente, em janeiro de 2012, o BB anunciou a compra do Eurobank, na Flórida, nos Estados Unidos, que a partir de 12 de outubro daquele ano passou a se chamar Banco do Brasil Americas.

“Essa sequência de aquisições colocou o banco em um outro patamar de mercados endereçáveis, que naturalmente aumentaram os seus retornos e resultados ao longo dos anos – isso sem mencionar alguns fatores que lhe beneficiam, por ser um banco público, como a prioridade nos repasses de recursos de bancos de fomento (BNDES), crédito agrícola e o recebimento de depósitos judiciais (que configuram uma captação à um custo consideravelmente menor em relação aos demais recursos no mercado)”, comenta o especialista da Ágora.

Ferreira frisa ainda que o fato de a administração ter se mantido afastada das decisões políticas ao longo dos anos no país também ajuda a explicar a maior confiança dos investidores em relação à autonomia do banco – sobretudo entre os investidores estrangeiros.

Perspectivas para a ação do Banco do Brasil

Os papéis possuíam, até o fechamento desta quarta-feira (13), uma desvalorização de 1,11% em 2024. O Banco do Brasil encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 9,515 bilhões, um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2023. Em relação ao segundo trimestre, o resultado do banco cresceu 0,1%.

Vale lembrar que aplicar dinheiro em ações é mais indicado àqueles que procuram um investimento de longo prazo. Segundo Jayme Carvalho, planejador financeiro e economista-chefe da SuperRico, essa recomendação se dá pela dissipação dos riscos que as oscilações de um papel oferecem no curto prazo, prevalecendo o fundamento da empresa. “É por isso que a gente fala que a empresa é boa, lucrativa. A ação pode ter caído porque aconteceu algo político, por exemplo, mas a empresa segue dando lucro. Então, no médio e longo prazo, o retorno da empresa prevalece e o preço volta”, comenta.

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Em novembro, a aposta das casas de investimento em relação à BBAS3 é a estratégia de dividendos, recomendada pela carteira de da Terra Investimentos. Segundo a casa, a melhora no controle de custos, forte presença no agronegócio e baixos níveis de inadimplência e expansão de crédito mais prudente são os fatores principais da sua recomendação.

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