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Investimentos

Confira a recomendação de 12 corretoras para Banco do Brasil (BBAS3)

Mesmo após imbróglio, 10 casas de investimentos indicam a compra do papel

Confira a recomendação de 12 corretoras para Banco do Brasil (BBAS3)
Foto: Aline Bronzati/Estadão
  • Após Banco do Brasil (BBAS3) apresentar seu plano de de reorganização para ganhos de eficiência operacional, que foi bem recebido pelo mercado, André Brandão, presidente do BB, foi demitido do cargo por Bolsonaro - decisão que foi revertida no dia seguinte
  • Em meio a este imbróglio, a ação da estatal despencou 13,22% desde então, pois o risco de interferência política voltou a assombrar o mercado
  • Apesar disso, 10 corretoras recomendam a compra do papel, pois acreditam que o BB possui um grande upside

No dia 11 de janeiro, o Banco do Brasil (BBAS3) informou a aprovação do seu plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional, o que foi visto com bons olhos pelo mercado. O que parecia ser uma notícia positiva, no entanto, virou um pesadelo para a estatal após o presidente Jair Bolsonaro não gostar do projeto e demitir André Brandão, presidente do BB – medida revertida no dia seguinte.

Um programa de demissão voluntária, com expectativa de adesão de 5 mil funcionários; a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento); conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos em agências; transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB; e a criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 escritórios leve digital) fazem parte do plano aprovado.

Apesar da permanência de Brandão no cargo, a ação do BB tem sido muito penalizada desde o ocorrido. Do dia 11 até o fechamento do mercado desta quarta-feira (20), a BBAS3 tem desvalorização de 13,22%, a R$ 34, 53.

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Esse movimento acontece porque o risco de interferência política voltou a assombrar o mercado. Afinal, mesmo que o presidente da instituição tenha permanecido, o plano de ganho de eficiência está em risco de não sair do papel e o fantasma da falta de independência das estatais assusta o mercado.

Neste cenário, o E-Investidor consultou 12 corretoras para saber qual a recomendação para o Banco do Brasil (BBAS3) em meio a todo esse imbróglio. Em sua esmagadora maioria, 10 casas de investimentos indicam a compra da ação, pois acreditam que o ativo continua com um grande upside.

Confira a recomendação das corretoras e as análises para Banco do Brasil (BBAS3).

XP Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 43

Justificativa: “Nossa visão é negativa para a saída de André Brandão, CEO do BB, devido à sinalização positiva para o mercado ao seu mandato e o movimento pode ser visto como interferência política do governo (acionista controlador) em detrimento dos acionistas minoritários. No entanto, sustentamos nossa recomendação de compra e a visão positiva ao BB, pois acreditamos que tal mudança não afetará os fundamentos do banco”, afirma Marcel Campos, analista da XP.

Nova Futura Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo:

Justificativa: “Ainda que tivéssemos uma visão positiva para a empresa, nossas expectativas foram frustradas pela ameaça de demissão do presidente do Banco do Brasil, devido ao seu plano de reestruturação para a empresa. Por conta desse evento, nossa recomendação ficou prejudicada”, diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura.

Ativa Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 47

Justificativa: “O Banco do Brasil apresenta, historicamente, uma relação P/LPA menor que a dos pares, o que sustenta margem de valorização, principalmente caso a melhoria na gestão e a possibilidade de privatização se concretizem. A correlação com o governo e o menor ROE em comparação a seus concorrentes nos faziam, anteriormente, optar pelos pares privados do setor em vez da companhia estatal.

Todavia, observamos boas oportunidades no posicionamento da carteira de crédito do banco, a maior do país, que, atrelado ao desconto dos múltiplos em relação ao seu histórico, sustentam nossa visão positiva”, diz Léo Monteiro, analista da Ativa.

Warren

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo:

Justificativa: “Apesar do ambiente mais desafiador, os bancos tradicionais ainda possuem significativa presença no mercado frente aos novos entrantes. Além disso, as expectativas acerca da inadimplência aumentar trazem mais um fator de atenção.

Na avaliação por múltiplos, o Banco do Brasil negocia a 7x P/L esperado para 2021, abaixo da sua média histórica. Mesmo com os avanços recentes em eficiência, uma plataforma digital dando certo para os clientes e melhores perspectivas de resultado, o banco negocia com um desconto excessivo, o que pode ser uma oportunidade para o investidor que tem interesse em manter posição no setor”, afirma Igor Cavaca, analista da Warren.

Terra Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 45

Justificativa: “Os recentes rumores envolvendo a possibilidade de demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, pelo presidente Jair Bolsonaro, voltaram a pressionar as ações do BB e retomaram as discussões no mercado financeiro sobre interferência nas estatais. Entretanto, essa semana aparentemente a situação foi contornada e seguimos com recomendação otimista para ações acompanhando os fundamentos da empresa.

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A tese de investimento está relacionada principalmente ao desconto que atualmente as ações operam frente aos seus pares, com baixa relação nos múltiplos como valor patrimonial e PL (Preço sobre o Lucro)”, diz Régis Chinchila, Analista da Terra.

Modalmais

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo:

Justificativa: “Apesar do recente conflito político gerado, a grande evolução digital e tecnológica, juntamente com uma menor dependência da receita de serviços, e das linhas de atuação de empréstimos consignados e crédito rural, nos faz acreditar que os ativos do BB estão bem defendidos e num cenário de retomada da economia e com o setor agro em evidência, a ação pode ter um grande potencial de valorização em 2021, sendo destaque tanto no setor bancário quanto na bolsa brasileira”, afirma Fernando Damasceno, Especialista de Fundos de Investimentos do Modalmais.

Elite Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 45,56

Justificativa: “Dentro do setor bancário, o BB é a empresa mais atrativa quando falamos de potencial de valorização. Entendemos que o banco mostrou resiliência operacional em linha com seus pares, porém sofreu descontos muito superiores à média do segmento. Apesar de ser o único banco a ter a ingerência política no radar dos investidores, acreditamos que o atual desconto aplicado sobre as ações compensa o risco”, diz Alexandre de M. Marques Filho, analista da Elite.

Easynvest

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 44

Justificativa: “Gostamos do BB, que tem características defensivas para empresas do setor; boa e grande carteira de crédito, menor exposição a receitas de serviços, elevados índices de liquidez, boa adequação de capital, e vale destacar também que o banco é digitalmente competitivo.

Em relação aos seus principais pares (Itaú, Bradesco e Santander), o BB está atrativo em diversos indicadores financeiros, como em relação aos dividendos, PL (Preço sobre o Lucro), valor patrimonial, margem líquida e rentabilidade”, afirma José Falcão, especialista em renda variável da Easynvest.

Guide Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 45

Justificativa: “Era uma das nossas principais escolhas para o setor de banco, mas o evento recente tirou um pouco esse viés. Porém, o BB ainda é o banco mais descontado e deve se beneficiar com a retomada da atividade e é um bom nome, com upside interessante e risco moderado.

O problema é o BB ser estatal e ter a interferência política. Isso tira um pouco o viés positivo e nos faz olhar para outros bancos com melhores olhos, pois seus riscos dizem respeito apenas à sua performance operacional”, diz Henrique Esteter, analista da Guide.

Ágora Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo: R$ 47

Justificativa: –

Genial Investimentos

  • Recomendação: Overweight (Compra)
  • Preço-alvo: R$ 45

Justificativa:

Goldman Sachs

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 43

Justificativa:

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