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Tesouro Direto: entenda o que afeta a rentabilidade

Como estimar a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto para planejar melhor as aplicações em renda fixa

Tesouro Direto: entenda o que afeta a rentabilidade
O Tesouro Direto pode ser uma boa opção para quem deseja investir de maneira segura em modalidades de renda fixa. (Foto: Pexels)
  • O Tesouro Direto representa uma aplicação conservadora, de baixo risco e custo acessível. Isso faz ela atrair cada vez mais o interesse dos investidores conservadores, em especial os iniciantes no mercado financeiro
  • Apesar de ser um investimento em renda fixa, a rentabilidade pode variar bastante entre os títulos. Os dois principais fatores que impactam na taxa de juros é o índice financeiro atrelado e a data de vencimento

Tesouro Direto representa uma aplicação conservadora, de baixo risco e custo acessível. Isso faz ela atrair cada vez mais o interesse dos investidores conservadores, em especial os iniciantes no mercado financeiro.

Apesar de ser um investimento em renda fixaa rentabilidade pode variar bastante entre os títulos. Os dois principais fatores que impactam na taxa de juros é o índice financeiro atrelado e a data de vencimento.

Os rendimentos também podem ser afetados pela cobrança de taxas de administração e de custódia, além de imposto de renda. Por isso, entender as características principais do Tesouro Direto pode ajudar o investidor a obter retornos mais agressivos com a renda fixa. 

Como funciona a rentabilidade do Tesouro Direto?

Pessoa manuseia um tablet disposto numa mesa
A partir de R$ 30 é possível investir em título de dívida pública que oferecem rentabilidade atrelada a índices econômicos. (Foto: Shutterstock/NicoElNino/Reprodução)

Tesouro Direto é oferecido em três opções, cada uma atrelada a um indicador diferente. O título pode ser prefixado, com taxas de juros definidas no momento da emissão, ou variar conforme a taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) ou o desempenho do Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA).

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Os títulos prefixados são ideais para metas de médio e longo prazos. No momento da aplicação, o investidor já conhece o valor do juro aplicado ao recurso até a data de vencimento, que pode ser em 2024, 2026 ou 2031, com rentabilidade anual de 8,10% a 9,28%. Com pouco mais de R$ 30, já é possível fazer o investimento.

Já o Tesouro Selic, pós-fixado de acordo com a taxa básica de juros somada a uma taxa fixa, é ideal para reserva de emergência, pois oferece o menor risco de prejuízo em caso de venda antecipada. Com investimento mínimo próximo a R$ 100, esses títulos têm vencimento em 2024 e 2027.

O Tesouro IPCA+ é um título atrelado à inflação, com o investimento mínimo de aproximadamente R$ 40 e vencimentos entre 2026 a 2055. O título é ideal para aumentar o poder de compra a longo prazo, pois oferece uma taxa fixa somada ao IPCA.

O rendimento pode ser negativo?

Em um cenário de crise econômica, como o provocado pela pandemia, e de taxa Selic baixa, o rendimento real dos investimentos de renda fixa pode ser negativo. 

Isso acontece porque a inflação cresce em ritmo mais rápido do que o reajuste da taxa básica de juros. Com isso, títulos prefixados podem apresentar performance menor do que a inflação.

Outra possibilidade para o Tesouro Direto ter um rendimento negativo é o resgaste antes do prazo. O título só pode ser sacado com todo o valor do investimento e os rendimentos em seu vencimento.

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Caso o título seja resgatado antes do prazo, ele perde parte do valor investido.

Quais taxas são cobradas?

O investimento no Tesouro Direto está sujeito a cobrança de taxas de custódia pela Bolsa de Valores (B3), referente aos serviços de guarda dos títulos, às informações e movimentações dos saldos.

A taxa é de 0,25%, cobrada em duas parcelas iguais, sempre no primeiro dia útil de cada semestre, proporcional aos dias em que o recurso ficou investido.

O Imposto de Renda é cobrado sobre os rendimentos do título de forma regressiva. Então, quanto maior o tempo da aplicação, menor a alíquota do imposto. A incidência mínima é de 15% sobre o lucro, para investimentos a partir de 2 anos, e a máxima de 22,5% no caso de aplicações com menos de 180 dias. 

Há ainda a taxa de administração de bancos e corretoras, que podem chegar a até 2% anual. No entanto, diversas instituições habilitadas para operar o Tesouro Direto não efetuam essa cobrança.

Quanto rende mil reais no Tesouro Direto?

Celular exibe aplicativo do Tesouro Direto na PlayStore
Tesouro Nacional oferece simulação de investimentos em título de renda fixa baseado em estimativas. (Foto: Shutterstock/Brenda Rocha – Blossom/Reprodução)

O rendimento no Tesouro Direto depende do prazo do investimento, mas geralmente é maior do que a poupança.

Caso sejam investidos mil reais no título de dívida pública, após um ano o valor líquido seria de R$ 1049,03 no Tesouro Selic 2024, considerando taxas e impostos, enquanto na poupança o saldo seria de R$ 1.036,97, segundo simulador oficial do Tesouro Nacional.

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Caso o mesmo recurso fique aplicado por 10 anos, a poupança renderia R$ 1.545,82, enquanto uma aplicação como o Tesouro IPCA+ 2035 chegaria a R$ 1.885,07, conforme estimativa. Para aplicações a mais longo prazo, como 20 anos, a poupança teria um saldo de R$ 2.411,89 e o Tesouro IPCA +2045, R$ 3.655,27.

As simulações oferecidas pelo Tesouro, no entanto, são baseadas em projeções de mercado a partir das condições econômicas atuais.

Dessa forma, não são garantidos os resultados futuros, pois os índices de taxa de juros, como taxa Selic e inflação, variam conforme o tempo.

Fonte: Tesouro Direto.

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