O título do Tesouro Direto IPCA+ com vencimento em 2024 rendeu 1.403,40% entre os dias 2 de janeiro de 2004 até ontem (14 de agosto de 2024), mostra levantamento de Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria, enviado ao E-Investidor nesta quinta-feira (15). O rendimento líquido do título, já descontado a inflação no período, foi de 381,01%.
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A aplicação tem uma rentabilidade muito maior que os principais referenicais do mercado. No mesmo período, o Ibovespa rendeu de forma bruta 494%, e de 90% em 20 anos, caso a inflação deja descontada, segundo o levantamento de Rivero.
Já o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), principal indicador da renda fixa, teve um rendimento bruto de 710,82% no período. Já de forma líquida, as aplicações atreladas a esse indexador subiram 159,42% em 20 anos.
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Nem o índice geral dos títulos do Tesouro Direto indexados à inflação subiram tanto quanto o título de 2004. De acordo com os dados, o Ima Geral rendeu 914,97% no período, de forma líquida, a aplicação entregou uma rentabilidade de 224,73% no período.
No caso do investidor que buscou lucrar com moeda estrangeira, o ganho com o investimento não conseguiu superar a inflação. O dólar Ptax teve queda de 39,58% frente a inflação no período e o euro Ptax perdeu 47,17% do seu valor frente a inflação entre os dias 2 de janeiro de 2004 e 14 de agosto de 2024.
O título do Tesouro Direto de 2004 vence hoje e deve movimentar cerca de R$ 260 bilhões. Esses títulos pagam uma taxa pré-definida ao ano mais a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O investimento pago os juros de forma semestral e no primeiro pagamento semestral tem tributação de 22,5% do rendimento de Imposto de Renda (IR). A partir de 720 dias, esse rendimento chega a ser tributado em 15%.