Títulos registram alta de rentabilidade (Foto: Adobe Stock)
As taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto iniciaram está quinta-feira (29) em forte alta, acompanhando a movimentação do dólar e das “treasuries”, os títulos dos Estados Unidos. Até às 12h36, a moeda forte subia 1,5% ante o real, aos R$ 5,64, repercutindo tensões geopolíticas no cenário global. Já as treasuries reagem ao Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no 2º trimestre, que veio acima das expectativas e reforçou a aposta em cortes menores nos juros em setembro. No cenário doméstico, os investidores ainda repercutem a oficialização da indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central.
No início da tarde, os Prefixados 2027, 2031 e com juros semestrais para 2035 ofereciam retornos anuais de 11,78%, 11,95% e 11,87% – 0,14 e 0,19 ponto percentual acima dos 11,59%, 11,81% e 11,72% da véspera. Os rendimentos dos títulos IPCA+, que pagam a variação da inflação mais uma taxa fixa (conhecida como juro real), subiam entre 0,02 e 0,11 ponto percentual na comparação com a sessão anterior. Todos os papéis da categoria, agora, pagam juros reais superiores a 6%.
A maior alta foi vista no Tesouro IPCA+ 2029, cuja rentabilidade real saiu de 6,18%, no fechamento da última quarta (28), para 6,29% ao ano. Vale lembrar que as rentabilidades e preços dos Prefixados e IPCA+ oscilam diariamente, em função de um mecanismo conhecido como “marcação a mercado”.
No geral, quando as taxas sobem, os preços caem e vice-versa. Para fugir dessa volatilidade, o investidor deve manter o capital aplicado até o vencimento – assim, terá exatamente a rentabilidade contratada no momento da compra. O Tesouro Selic também é uma opção para quem não pode lidar com variações e precisa conseguir resgatar o capital em qualquer momento, sem risco de desvalorização.
