- Em um cenário de juros altos no Brasil, investimentos em renda fixa seguem sendo uma opção atrativa
- Mesmo uma aplicação no Tesouro Selic, indicado para a criação de uma reserva de emergência, traz bons rendimentos
- Veja as simulações de Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank
Em um cenário de juros altos no Brasil, investimentos em renda fixa seguem sendo uma opção atrativa. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve se reunir para decidir os rumos da política monetária no país, mas o mercado acredita que a queda da Selic ainda pode levar mais alguns meses.
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Segundo a edição de junho do “LatAm Fund Manager Survey”, pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA) com gestores de 33 fundos latino-americanos, 73% das casas consultadas esperam que a redução da taxa de juros pelo Banco Central se inicie só a partir da reunião de agosto.
Em um contexto como esse, mesmo uma aplicação no Tesouro Selic, indicado para a criação de uma reserva de emergência, traz bons rendimentos. Segundo cálculos de Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank, se uma pessoa investir R$ 50 mil nessa modalidade, ela pode atingir R$ 56.493 em um ano.
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Descontando os impostos, o título pode proporcionar um retorno de R$ 5.251 em 12 meses, o que faz o montante chegar a R$ 55.251. Mais detalhes podem ser conferidos nesta reportagem do Bora Investir, da B3.
Vale lembrar que sobre o rendimento do Tesouro Selic incide a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), cuja alíquota será de 17,5% para investimentos com prazo de 361 dias até 720 dias. Quanto mais tempo você carregar o título, menor será o imposto a ser pago. Confira abaixo os prazos com suas respectivas taxas.
- 22,5%, em investimentos com prazo de até 180 dias
- 20%, em investimentos com prazo de 181 dias até 360 dias
- 17,5%, em investimentos com prazo de 361 dias até 720 dias
- 15%, em investimentos com prazo acima de 720 dias
Para valores acima de R$ 10 mil, o Tesouro Nacional ainda cobra uma taxa anual de custódia de 0,2% para aplicações em títulos públicos. Nesse caso, para quem está pensando em montar uma reserva de emergência, um Certificado de Depósito Bancário (CDB) com liquidez diária também pode ser uma boa opção, já que não cobra essa taxa de custódia.
O CBD é um título emitido por uma instituição financeira e funciona como se fosse um empréstimo ao banco. Ele conta com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma associação que garante o dinheiro aos investidores, caso uma instituição financeira seja liquidada extrajudicialmente pelo Banco Central
Agora para quem está pensando em diversificar a carteira de renda fixa, outros títulos do Tesouro são alternativas recomendadas por Haddad, do C6. Um deles é o Tesouro Prefixado 2026, que traz um retorno interessante, mesmo com as taxas já embutindo um ciclo futuro de baixa da Selic.
Caso a pessoa siga com o título até o vencimento, em 2026, uma aplicação de R$ 50 mil terá se transformado em R$ 63.401, com os impostos já descontados. No entanto, se optar por resgatar o valor de forma antecipada, o rendimento vai depender da negociação das taxas no mercado.
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Outra indicação do especialista é o Tesouro IPCA+2026, que paga uma taxa de juros prefixada somada à variação da inflação. Caso a meta da inflação seja alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), os juros poderiam cair mais do que o previsto, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderia aumentar. “O título se beneficiaria desse cenário”, afirma Haddad.
Para conhecer mais opções sugeridas para diversificar a carteira, leia esta reportagem do Bora Investir, da B3.