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Vale (VALE3): o que esperar dos dividendos e do resultado trimestral da mineradora?

Empresa usa parte de sua geração de caixa para a distribuição de rendimentos e programas de recompra de ações

Vale (VALE3): o que esperar dos dividendos e do resultado trimestral da mineradora?
Foto: Envato Elements
  • Vale (VALE3) divulgou resultados operacionais em 16 de julho e o balanço do 2T24 será publicado em 25 de julho
  • Política de proventos da Vale prevê distribuição mínima de 30% do Ebitda ajustado
  • Goldman Sachs reduziu sua previsão de EBITDA para US$ 3,9 bilhões e o preço-alvo das ações para US$ 15,9

Após a Vale  (VALE3) divulgar o relatório de produção e vendas na terça-feira (16), os acionistas da empresa estão de olho nos dividendos da mineradora. Isso porque a companhia usa parte de sua geração de caixa para a distribuição de rendimentos e programas de recompra de ações.

O lucro da Vale no segundo trimestre deste ano (2T24), segundo a empresa, vai ser divulgado em balanço financeiro na quinta-feira (25).

A política de proventos da Vale determina uma distribuição mínima de 30% do Ebitda ajustado, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, menos os investimentos correntes.

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Os pagamentos dos dividendos da Vale anuais são divididos em duas parcelas, uma em setembro e outra em março do ano seguinte. Isso significa que, neste ano, a Vale ainda deve realizar mais uma distribuição aos seus acionistas.

Os especialistas dos principais bancos e corretoras começaram a elaborar estimativas para o balanço financeiro da Vale depois que analisaram os dados de produção da empresa.

Os estrategistas da Genial Investimentos observaram que a Vale apresentou números favoráveis de vendas em todas as suas operações, resultando em um aumento do Ebitda ajustado para US$ 3,9 bilhões. Esse valor representa um incremento de 10% em relação ao trimestre anterior (1T24) e de 4,4% comparado ao mesmo período do ano passado (2T23). No entanto, a Genial revisou suas estimativas anteriores para baixo em 4,9%, citando prêmios negativos no minério de ferro fino e custos mais elevados de desestocagem como fatores impactantes.

O Goldman Sachs também ajustou suas previsões, reduzindo o Ebitda esperado para o 2T24 de US$ 4,1 bilhões para US$ 3,9 bilhões, uma queda de 5%. A revisão foi motivada por preços de minério de ferro mais fracos do que o esperado e descontos mais altos de sílica. Apesar da revisão, o banco mantém uma recomendação de compra para a Vale, embora tenha reduzido o preço-alvo das ações da Vale de US$ 16 para US$ 15,9.

O que dizem os analistas sobre a Vale?

Os analistas da XP Investimentos destacaram que os dados operacionais da Vale superaram as expectativas iniciais, que projetavam um Ebitda ajustado de US$ 4,2 bilhões para o segundo trimestre.

Por outro lado, o Citi revisou para baixo o consenso do Ebitda em cerca de 2%, passando de US$ 4,1 bilhões para US$ 4 bilhões. Os analistas do Citi, Alexander Hacking e Stefan Weskott, preveem que a performance das ações da Vale será “em linha”.

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O BTG Pactual adotou uma postura neutra, indicando que a Vale pode apresentar um relatório de ganhos abaixo do esperado. O banco mencionou melhorias na produção, mas ressaltou a necessidade de mais visibilidade sobre questões operacionais antes de mudar sua recomendação. As negociações da Samarco estão em progresso, o que pode resultar em um desempenho melhor do que o esperado pelo mercado.

O Safra estima um lucro operacional ajustado da Vale no 2T24 em torno de US$ 3,96 bilhões, abaixo das expectativas iniciais de US$ 4,1 bilhões e das estimativas gerais de US$ 4,3 bilhões. Isso se deve principalmente à redução nos preços e na quantidade de níquel e cobre vendidos, além de uma diminuição nos embarques de pelotas, que mais do que compensaram os bons resultados com as vendas de minério de ferro.

O Safra destacou que a produção de minério de ferro da Vale no 2T24 teve um desempenho positivo, com um aumento de 2% em comparação ao ano anterior, destacando o projeto S11D em Carajás, no Pará, e a operação em Vargem Grande, em Minas Gerais. O projeto S11D alcançou um recorde para o segundo trimestre, produzindo 19,5 milhões de toneladas, um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2023.

As vendas de minério de ferro da Vale no segundo trimestre totalizaram 79,79 milhões de toneladas, um aumento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre do ano, as vendas da Vale atingiram 143,6 milhões de toneladas, um aumento de 10,4% em comparação com o primeiro semestre de 2023.

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