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- O gestor da Verde Asset avalia que ao disputar recursos de investidores internacionais com outros mercados emergentes, o Brasil ganha por "WO"
- A razão é que Rússia e China são 'uninvestable', ou seja, estão fora do radar dos investidores estrangeiros por problemas locais
- Há também a expectativa dos estrangeiros de maior clareza sobre o governo Lula e sua equipe
O gestor Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, avalia que ao disputar recursos de investidores internacionais com outros mercados emergentes, o Brasil ganha por “WO”. A razão é que Rússia e China são ‘uninvestable’, ou seja, estão fora do radar dos investidores estrangeiros por problemas locais, incluindo questões geopolíticas. “Não sobrou muito lugar para ir. Tem a Índia, que é o mais complicado, mas é ‘investable'”, disse em evento do Banco Safra.
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Stuhlberger afirmou que desde as falas iniciais de Lula, após ganhar as eleições, a Bolsa está “caindo sem parar” e o investidor estrangeiro não entrou. Primeiro, para explicar esse movimento, há o fator calendário, que por conta de um 2022 difícil para os investimentos, com perdas em vários ativos, ninguém vai querer fazer apostas novas em dezembro.
Há também a expectativa dos estrangeiros de maior clareza sobre o governo Lula e sua equipe. “O gringo está esperando Lula de fato tomar posse”, disse Stuhlberger, em evento do Banco Safra para investidores. O estrangeiro tinha muito mais medo de um golpe no Brasil do que o medo real dos brasileiros.
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“Acredito que o gringo vai entrar porque, de novo, o Brasil está ganhando por WO”, afirmou Stuhlberger. O gestor da Verde disse que a B3 está com um ingresso de estrangeiros este ano perto de R$ 100 bilhões, o que não é muito em dólar – perto de US$ 20 bilhões. “Se 1% do dinheiro que ia para a China vier para cá, já é muito mais do que isso.”
Ainda sobre a questão fiscal, Stuhlberger acredita que o ICMS dos combustíveis ão será renovado. “Só isso, dá R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões para o governo.” Outro desafio é aumentar a arrecadação do governo sem uma reforma tributária mais ampla.