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WeWork atrasa aluguel de escritórios de outros 4 FIIs. Veja fundos afetados e impacto para cotistas

Os atraso do aluguel atingem os rendimentos de cerca de 230 mil cotistas; WeWork não se posicionou sobre o assunto

WeWork atrasa aluguel de escritórios de outros 4 FIIs. Veja fundos afetados e impacto para cotistas
A empresa de escritórios compartilhados não pagou os alugéis referente a maio de imóveis locados em SP (Foto: Envato Elements)

A empresa de escritório WeWork atrasou os aluguéis de imóveis, localizados na cidade de São Paulo (SP), de outros quatro fundos imobiliários. Além do fundo Santander Renda de Aluguéis (SARE11), que comunicou a inadimplência no dia 26 de junho, os FIIs Vinci Offices (VINO11), Torre Norte (TRNT11), Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e Valora Renda Imobiliária (VGRI11) também informaram aos seus cotistas que empresa de coworking não pagou o aluguel dos imóveis referente a maio.

Com os comunicados de novos FIIs, o número de cotistas impactados pela situação da empresa de escritórios compartilhados subiu de 40,5 mil para 230 mil cotistas. O caso obrigou os gestores a formalizaram uma notificação de cobrança para a WeWork Serviços a fim de regualizar a situação. Procurada pelo E-Investidor, a empresa não se posicionou sobre o assunto. Reforçamos que o espaço continua aberto.

O não pagamento dos aluguéis impacta nos rendimentos para os cotistas. No caso do Santander Renda de Aluguéis (SARE11), o atraso pode reduzir em R$ 0,05 (cinco centavos) por cota na distribuição dos cotistas, caso a empresa não efetue o pagamento. Já a Rio Bravo Investimentos, gestora do RCRB11, informou que a ausência do pagamento causa um impacto de R$ 0,11 por cota, já que o valor a ser pago pela WeWork representa 9,5% da receita do fundo.

O aluguel referente ao imóvel localizado na Rua Girassol, 555, Vila Madalena, na cidade de São Paulo, venceu no dia 17 de junho e o comunicado sobre o não pagamento foi divulgado nesta segunda-feira (1) por meio de fato relevante. Segundo a gestora, a locatária já foi notificada e tratativas diretas foram realizadas para viabilizar o débito do aluguel em atraso.  Já em relação às outras despesas, como IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) e condomínio, a Rio Bravo informou que a empresa efetuou o pagamento.

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“Um ponto importante é que o imóvel que a empresa ocupa, que fica na Vila Madalena/SP, possui altíssima liquidez e historicamente é ocupado por grandes empresas de tecnologia, que fazem questão de estar em localizações valorizadas pelos seus colaboradores e parceiros”, afirma Anita Scal, sócia e diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo.

O fundo VGRI11 também comunicou o atraso do aluguel nesta segunda-feira (01). A gestora não detalhou o impacto da inadimplência nos dividendos dos cotistas, mas informou que o aluguel do imóvel localizado Avenida Paulista, em São Paulo, representa 5,8% da receita total do FII.

Já o aluguel pago pela WeWork para um imóvel do VINO11, gerido Vinci Offices, representa cerca de 5% da receita total do fundo imobiliário. A empresa é locatária de um imóvel na rua Rua Oscar Freire, também na capital paulista. O FII Torre Norte, por sua vez, comunicou a inadimplência da WeWork no dia 13 de junho. Até o momento, o pagamento não foi realizado.