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- Segundo Mario Goulart, analista de investimentos e criador do canal do YouTube ‘O Analisto’, os aeroportos adquiridos pela XP Asset se diferem dos comerciais e representam um ativo de grande valor para a casa
- O diretor de Infraestrutura do Banco Fator, Ewerton Henriques, afirmou que a participação da XP Asset no leilão tende a criar um cenário de maior disputa nos ativos de aeroportos, sobretudo os de classe executiva ou de menor porte
(Abel Serafim, especial para o E-Investidor) – A XP Asset surpreendeu o mercado ao arrematar o bloco de aviação executiva Aviação Geral, composto pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio.
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De acordo com a Anac, a gestora de recursos do grupo XP não teve concorrentes e foi a única a oferecer proposta sem ágio para o bloco, que tinha lance mínimo de R$ 141 milhões no leilão.
O head de Infraestrutura da XP Asset, Túlio Machado, afirmou que a estratégia está focada no setor imobiliário. “São aeroportos em que a gente vê como uma vocação muito grande de exploração dessas regiões premium que ficam nas cidades de São Paulo e do Rio (de Janeiro)”, afirmou.
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Machado ainda disse que as pretensões no curto e médio prazo são realizar um mapeamento operacional e começar as discussões comerciais com os donos de negócio nos aeroportos. “Podemos desenvolver galpão logístico, centro de distribuição, galpão last mile, temos todo um plano de negócio”, disse o executivo. “Para um Magazine Luiza, uma Via Varejo ou Amazon, é um local muito próximo ao centro da capital, em uma região nobre.”
Ativo de peso
Segundo Mario Goulart, analista de investimentos e criador do canal do YouTube ‘O Analisto’, os aeroportos adquiridos pela XP Asset se diferem dos comerciais e representam um ativo de grande valor para a casa. “Um aeroporto executivo tem um público com alta capacidade de investimento. Isso vale a pena para a XP, embora eu ache que não seja a principal a principal razão dela ter feito essa aquisição”, diz. Ele acredita que a companhia pretende explorar taxas pelo uso do espaço, como hangar e serviços de garagem.
Para participar da disputa, a XP Asset utilizou recursos do fundo XP Infra IV, qe fez uma captação de R$ 305 milhões em agosto com 5 mil investidores qualificados, segundo informações do Broadcast. Para Túlio Machado, o fundo ainda pode obter cerca de R$ 1 bilhão, mas ele pondera que as rodadas de captação devem acompanhar a demanda dos investidores. “Começamos há pouco tempo e é melhor gerar confiança dos investidores mostrando onde vamos investir”, disse o head de Infraestrutura.
O diretor de Infraestrutura do Banco Fator, Ewerton Henriques, afirmou que a participação da XP Asset no leilão tende a criar um cenário de maior disputa nos ativos de aeroportos, sobretudo os de classe executiva ou de menor porte. “Um dos fatores que motivaram a entrada no setor diz respeito ao reconhecimento de que o setor aeroportuário carrega um componente imobiliário importante e estes dois aeroportos têm grande potencial”, afirma Henriques.
“Com a concessão de Congonhas, deve crescer a operação de voos comerciais neste aeroporto, o que deslocaria parte dos voos executivos para o Campo de Marte. E a melhoria da infraestrutura em Jacarepaguá deve expandir o tráfego de helicópteros na Bacia de Campos”, diz o diretor./ Com informações de Estadão Conteúdo
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