Os fundos imobiliários são investimentos isentos de IR e costumam pagar dividendos mensalmente (Foto: Adobe Stock)
A valorização de 12% em 2025 das cotas do Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) não eliminou a janela de entrada para os investidores que desejam manter posição no fundo imobiliário. Segundo a XP, os papéis do FII ainda são negociados com desconto de 7,8% em relação ao seu valor patrimonial, mesmo com um dividend yield anualizado de 12,7%. Com essas condições, a corretora reiterou nesta terça-feira (20) a sua recomendação de compra para os papéis do MCCI11.
Segundo Marx Gonçalves, head de fundos listados da XP, a indicação se baseia, além dos níveis de desconto do FII, na qualidade da gestão e também do portfólio que está 100% adimplente. Atualmente, 84% do patrimônio líquido do fundo estão alocados em 31 operações de Crédito de Recebíveis Imobiliários (CRIs), 9% em cotas de outros FIIs, 4% em caixa e 3% em alocação tática.
“A carteira de CRIs é composta majoritariamente por ativos de menor risco de crédito, com os principais devedores sendo fundos imobiliários e empresas patrimonialistas. As maiores exposições setoriais estão nos segmentos logístico (42%), comercial (24%) e varejo essencial (20%), com concentração geográfica em São Paulo (66%)”, escreveu o especialista em relatório publicado nesta terça.
A qualidade da carteira de ativos permite ao fundo distribuir dividendos mensais na ordem de R$ 0,80 a R$ 0,90 por cota até o próximo mês de junho, segundo estimativas da Mauá Capital, gestora do MCCI11. “A revisão do guidance de dividendos foi positivamente impactada pela realocação de capital em operações com taxas superiores à média do portfólio e pelo recebimento de multa de pré-pagamento nas operações dos CRIs do Grupo CB”, destacou Gonçalves.
Às 13h (de Brasília), as cotas do Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) são negociadas com uma valorização de 0,58%, sendo negociadas a R$ 85,30.