Parte da estratégia de qualquer companhia de capital aberto é garantir uma remuneração atraente a seus acionistas — sem isso, nada feito. Mas no que depender das 2.355 empresas analisadas pelo levantamento Value Creators 2024, os compradores de ações têm muito a comemorar. Isso porque entre 2019 e 2023, o retorno total a acionistas (TSR, na sigla em inglês) passou para 12%, em comparação aos 7% registrados de 2018 a 2022.
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O estudo é realizado pela Boston Consulting Group (BCG) e tem como objeto de análise as companhias de nada menos que 35 setores da indústria global: tecnologia, automotivo, varejo, farmacêutico, óleo e gás… a lista é extensa. De quebra, apresenta as 50 empresas que remuneram melhor seus acionistas. Entre o crème de la crème do mercado, apenas uma brasileira e uma argentina representam o bloco sul-americano: a estatal do petróleo Petrobras (PETR3; PETR4) e a varejista Mercado Livre (MELI34).
Para a surpresa de poucos, a Nvidia (NVDC34), sensação do momento, abre o ranking com seus invejáveis 71,7% de retorno total aos acionistas. Hoje, com market cap de US$ 3,23 trilhões, a fabricante de chips e semicondutores se consolidou como um expoente da inteligência artificial (IA) no mundo. A empresa ainda conseguiu (mesmo que de maneira temporária) tomar a vice-liderança da Apple entre as empresas mais valiosas do mundo. Em 12 meses, as ações da Nvidia se valorizaram mais de 206%.
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O segundo lugar do ranking pertence à Tesla (TSLA34). A empresa de Elon Musk registra TSR de 62,1% no recorte de cinco anos. E em terceiro lugar, a Advanced Micro Devices (A1MD34), mais conhecida pela sigla AMD, aparece com 51,5% de TSR. Vale ressaltar o peso que os avanços mais recentes do setor de tecnologia tiveram para a formação desse pódio. No top 10, o setor é representado por nada menos do que oito companhias.
Outra empresa digna de menção é o Mercado Livre, que surge em 12º lugar no ranking da BCG, com um retorno total a acionistas de 39,9% e market cap de US$ 79,4 bilhões (modesto, dado o contexto). Sediada no Uruguai, a varejista aparece na frente da Apple (AAPL34) — com seus 38,4% de TSR e seus atuais (e nada triviais) US$ 3,27 trilhões de valor de mercado.
Por fim, a maior estatal do Brasil, a Petrobras, figura ainda na primeira metade do ranking, no 20º lugar, oferecendo 35,8% de retorno total a seus acionistas. A despeito de tanto barulho no ambiente doméstico, a petrolífera está à frente de gigantes mundiais, como a Microsoft (MSFT34), empresa mais valiosa do mundo (US$ 3,28 trilhões); a LVMH, de Bernard Arnault (homem mais rico do mundo, segundo a lista da Forbes); e o grupo Meta (M1TA34), do bilionário Mark Zuckerberg.
1 | NVIDIA |
2 | Tesla |
3 | Advanced Micro Devices |
4 | KLA |
5 | Tokyo Electron |
6 | PDD |
7 | Cadence Design Systems |
8 | Lam Research |
9 | Synopsys |
10 | Shopify |
11 | Eli Lilly |
12 | MercadoLibre |
13 | Blackstone |
14 | Applied Materials |
15 | ASML |
16 | Broadcom |
17 | Novo Nordisk |
18 | Apple |
19 | Palo Alto Networks |
20 | Petrobras |
21 | BYD |
22 | Hermès International |
23 | Contemporary Amperex Technology |
24 | Eaton |
25 | ServiceNow |
26 | Microsoft |
27 | Shin-Etsu Chemical |
28 | Atlas Copco |
29 | Costco Wholesale |
30 | Schneider Electric |
31 | Intuit |
32 | Kweichow Moutai |
33 | Progressive |
34 | LVMH |
35 | UBS Group |
36 | Taiwan Semiconductor Manufacturing |
37 | Wuliangye Yibin |
38 | ABB |
39 | QUALCOMM |
40 | Deere |
41 | General Electric |
42 | Linde |
43 | ICICI Bank |
44 | Mitsubishi UFJ Financial |
45 | China Shenhua Energy |
46 | Al Rajhi Banking and Investment |
47 | Morgan Stanley |
48 | Micron Technology |
49 | S&P Global |
50 | Meta Platforms |