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- O último trimestre do ano começa em meio à incertezas globais, diante de uma inflação ainda alta
- O resultado parcial das eleições brasileiras deve ser o principal direcionador para o mercado doméstico hoje
O último trimestre do ano começa em meio à incertezas globais, diante de uma inflação ainda alta, apesar do aperto monetário consistente entre os principais bancos centrais mundo a fora, aumentando ainda mais os riscos de uma recessão. O resultado parcial das eleições brasileiras, com a definição da nova composição da Câmara e do Senado a partir de 2023, deve ser o principal direcionador para o mercado doméstico hoje, possivelmente deixando aspectos externos em segundo plano.
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O iShares MSCI Brazil (EWZ), por exemplo, é negociado em forte alta no pré-mercado de Nova York pela manhã, subindo mais de 3%, enquanto as ADRs de Petrobras disparavam ao redor de 7%, seguidas pela Vale, que subiam quase 2%, apesar da ausência da referência dos negócios na China por conta do feriado nacional de uma semana no país.
Como alívio pontual, os mercados repercutem nesta segunda-feira (3) o tweet da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, de que vai desistir de reduzir impostos para os contribuintes mais ricos após enfrentar forte oposição no Parlamento e de outras instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Por outro lado, a possibilidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) reduzir sua produção de petróleo e o corte da Gazprom no envio de gás para a Itália, anunciado no sábado, aumentam a percepção de que a inflação no velho continente não deve ceder assim tão cedo.
As principais bolsas da Europa recuavam mais de 1% na manhã de hoje, enquanto os índices futuros de Nova York tentam se desvencilhar deste pessimismo, esboçando alguma recuperação.
Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo operam em alta de mais de 3%, mantendo o forte desempenho recente. Por fim, no mercado global de moedas, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, recuperou-se de perdas de mais cedo e passou a subir.
Agenda econômica (03/10)
Brasil: Além da tradicional pesquisa Focus do Banco Central, o IPC-S (8h) e a balança comercial de setembro (15h) serão divulgados hoje. A projeção de mercado para a balança é de um superávit de US$ 4,8 bilhões em setembro, após saldo positivo de US$ 4,107 bilhões em agosto.
Nos próximos dias, estão programados também o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor do município de São Paulo) de setembro, na terça-feira, a produção industrial de agosto, na quarta-feira, o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) de setembro, na quinta-feira e, finalmente, os dados de varejo restrito e ampliado de agosto serão conhecidos na última sessão desta semana.
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EUA: Destaque para a divulgação do relatório de empregos (payroll) em setembro, na sexta-feira. Hoje, os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Raphael Bostic, de Atlanta (às 10h05 e 19h45), Thomas Barkin, de Richmond (12h45) e Ester George, de Kansas City (15h15), fazem pronunciamentos ao mercado. Serão publicados também hoje o Índice de Gerente de Compras (PMI) industrial final de setembro do ISM (11H).
Europa: O Eurogrupo segue em reunião ministerial, iniciada neste domingo, e a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de um evento na terça-feira. O BCE publica a ata da última reunião de política monetária, na quinta-feira.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) faz sua reunião mensal, na quarta-feira, assim como o Fundo Monetário Internacional (FMI) publica seu relatório Perspectiva Econômica Mundial.
Mais cedo hoje, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial da zona do euro caiu de 49,6 em agosto para 48,4 em setembro, atingindo o menor patamar em 27 meses, segundo a S&P Global, assim como na Alemanha o indicador caiu de 49,1 para 47,8 em setembro, também no menor patamar em 27 meses.
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