Sinais de fraqueza das principais economias do mundo, aliados à alta persistente dos rendimentos dos Treasuries, seguem pressionando os mercados nesta manhã de terça-feira (03). O retorno da T-note de 10 anos, tida como o ativo livre de risco, ultrapassou a marca de 4,7%, o maior nível desde outubro de 2007, reforçando a perspectiva de que os juros ficarão em patamares elevados.
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A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os maiores Produtos Internos Brutos (PIBs) do planeta, avançou a 6,4% em agosto, após a marca de 5,9% em julho.
O dólar avança ante as principais moedas, enquanto os contratos futuros do petróleo operam em baixa, acumulando perdas pela quarta sessão consecutiva e os preços futuros do minério de ferro registraram perdas de 1,35% na madrugada em Cingapura, cotados a US$ 116,65 por tonelada.
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A falta de tração no exterior deve prejudicar ativos de risco em nosso mercado, apesar do desconto nos preços. O que pode servir como amparo para o desempenho local é a percepção de que o Banco Central seguirá com seus cortes de 0,50 ponto percentual da Selic nas próximas reuniões, como repetiu ontem o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Agenda econômica
Brasil: Destaque para a divulgação dos dados da produção industrial de agosto (9h00), cuja expectativa é de uma melhora, com alta de 0,5%, na margem, após recuo de 0,6% em julho. Entre os eventos, o Tesouro faz leilão de títulos públicos federais (11h00).
EUA: O relatório de abertura de vagas de trabalho (11h00), chamado de Jolts, é o único indicador de peso. Ainda hoje, o Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) de Atlanta, Raphael Bostic, fala sobre perspectiva econômica (9h00) e, mais tarde, o American Petroleum Institute (API) divulga os estoques de petróleo (17h30)
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