As principais bolsas internacionais operam no campo negativo na manhã desta quinta-feira (3) com os índices futuros de Nova York dando sequência às fortes perdas de ontem, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) adotou uma postura dura em relação ao aperto monetário para conter a inflação, com uma nova adição de 0,75 ponto porcentual aos juros básicos, para a faixa entre 3,75% e 4,00% ao ano.
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Em paralelo, na Europa, novos dados mostraram contração da atividade, enquanto na China o cenário não parece ser muito diferente das demais economias desenvolvidas – especialmente depois que autoridades sanitárias locais reforçaram compromisso com uma política rígida para controlar a proliferação da Covid-19.
Os contratos futuros de petróleo recuam mais de 1%, revertendo os ganhos da sessão anterior, enquanto os preços futuros do minério de ferro tiveram alta de 1,12%, cotado aos US$ 86,74 por tonelada.
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Diante desse cenário, que se soma aos ajustes da volta de feriado, é improvável que os ativos no Brasil tenham um desempenho positivo na sessão.
Além disso, os investidores devem ponderar até que ponto os bloqueios nas estradas terão efeito na inflação de curto prazo, pois já há alertas sobre risco de desabastecimento de combustíveis e fornecimento para supermercados, as expectativas sobre a nomeação do Ministério da Fazenda do próximo governo e as discussões em torno do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 com o Congresso.
Agenda econômica
Brasil: O Tesouro faz leilão de títulos prefixados hoje (11h00), ofertando ao mercado LTN e NTN-F. Entre os balanços após o fechamento dos mercados estão previstos os números de Petrobras, AES Brasil, BR Properties e GPA (Grupo Pão de Açúcar).
EUA: Saem os dados da balança comercial de setembro (9h00), os pedidos de auxílio-desemprego (9h30), o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços pela S&P Global (10h45) e pelo ISM (11h00), além das encomendas à indústria (11h00).
Europa: O Banco da Inglaterra (BoE) anuncia decisão de política monetária (9h00) e a OCDE revelou o índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro, com alta de 10,5% na comparação anual de setembro.
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Mais cedo, o PMI do Reino Unido recuou para 48,8, acima da previsão de 47,5, ainda abaixo de 50, mostrando contração da atividade. Ontem os PMIs da indústria da zona do euro e da Alemanha também mostraram contração da atividade.
China: O PMI caiu de 49,3 em setembro a 48,4 em outubro, no menor nível desde maio, segundo pesquisa da Caixin com a S&P Global. O PMI composto, que engloba serviços e indústria, recuou de 48,5 a 48,3 no período.