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- A Arábia Saudita cortou sua produção em mais 1 milhão de barris por dia de forma unilateral, em oposição à Opep+
- O impacto mais óbvio até o momento é nas cotações do petróleo, que avançam quase 2% nesta manhã de segunda-feira
- Considerando a ausência de um forte referencial externo hoje, questões relacionadas ao avanço do arcabouço fiscal serão fundamentais
A inesperada decisão da Arábia Saudita de cortar sua produção em mais 1 milhão de barris por dia de forma unilateral, em oposição à postura da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que decidiu neste domingo manter a atual meta de produção do grupo até o final do ano, provoca uma reação mista nos mercados. O impacto mais óbvio até o momento é nas cotações do petróleo, que avançam quase 2% nesta manhã de segunda-feira (05).
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Os investidores também reagem à publicação dados econômicos na zona do euro. As principais bolsas da Europa, como os índices futuros de Nova York, rondem a estabilidade. Por outro lado, as apostas de que a China deve retomar o fôlego do crescimento resultaram em mais uma alta nos preços futuros do minério de ferro em Dalian, dessa vez de 2,15%, cotados ao equivalente aUS$ 106,55 por tonelada.
Considerando a ausência de um forte referencial externo hoje, o Ibovespa vai testar o maior nível de fechamento desde 31 de janeiro, depois de completar uma sequência de seis semanas de valorização, a mais longa marca desde o fim de 2020. Para tanto, questões relacionadas ao avanço do arcabouço fiscal serão fundamentais. O senador Omar Aziz (PSD-AM) disse neste domingo que não quer “protelar” a tramitação do projeto e que conversará com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto na Câmara, caso existam ajustes que obriguem o texto a ser votado novamente.
Agenda econômica
Brasil: Entre os destaques da semana, encurtada pelo feriado na quinta-feira, estão a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio na quarta-feira e do Índice Geral de Preços/Disponibilidade Interna (IGP-DI), na terça-feira. Entre os eventos, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento sobre o marco temporal, que limita a demarcação de terras dos povos originários no País, na quarta-feira. Hoje, serão conhecidos o boletim Focus (8h30), do Banco Central, e os Índices Gerais de Compra (PMIs) composto e de serviços em maio (10h).
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A Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) realizam encontro em São Paulo, para discutir o marco regulatório dos fundos de investimentos (8h30). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (14h30), e o diretor de Política Econômica e de Política Monetária, Diogo Guillen (12h), proferem palestras. O BC inicia lives semanais interativas e o tema de hoje é sobre inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) e a taxa Selic (14h).
EUA: Os PMIs de Serviços em maio medidos pela S&PGlobal (10h45) e ISM (11h), além das encomendas à indústria em abril (11h), estão programados nesta segunda-feira. Entre os eventos, a dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Cleveland, Loretta Mester (14h30), discursa em evento.
Europa: Mais cedo, o índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro subiu 1% em abril ante igual mês do ano passado, desacelerando fortemente em relação à alta anual de 5,5% de março, segundo dados publicados pela Eurostat, bem abaixo da expectativa de 1,7%. Em relação a março, o PPI do bloco caiu 3,2% em abril, mas neste caso a projeção do mercado era de queda menor, de 2,8%. Enquanto isso, o PMI composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 54,1 em abril para 52,8 em maio, atingindo o menor nível em três meses, segundo pesquisa final divulgada pela S&P Global, abaixo da leitura preliminar e da expectativa.
Entre os eventos da sessão, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde discursa em evento (10h). Nos próximos dias, o Banco Mundial publica o Relatório de Prospectos Econômicos Globais na terça-feira e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também divulga documento sobre perspectivas econômicas, na quarta-feira. A Zona do Euro divulga o Produto Interno Bruto do primeiro trimestre, na próxima quinta-feira.
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China: O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços subiu de 56,4 em abril para 57,1 em maio, segundo pesquisa da Caixin com a S&P Global. Já o PMI composto, que engloba serviços e indústria, subiu de 53,6 para 55,6 no mesmo período. Nos próximos dias, a China informa a balança comercial em maio, na quarta-feira, além dos dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) em abril, na quinta-feira.