A semana começa com o foco total na crise energética na Europa, com os preços de gás subindo mais de 30% após a estatal russa Gazprom não retomar o fornecimento de gás pela Nord Stream 1 ao continente durante o
fim de semana.
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O clima ainda é de maior cautela se considerarmos que hoje é feriado nos Estados Unidos, o que manterá os mercados à vista fechados por lá, enquanto crescem as expectativas de que a Opep+ possa fazer
um corte de oferta do petróleo para sustentar os preços.
Neste cenário, as principais bolsas europeias recuam com vigor, enquanto os índices futuros de Nova York mostram oscilações bastante contidas, ora em alta, ora em baixa. Em outros mercados, os contratos futuros do petróleo exibem alta de mais de 2%, enquanto os preços futuros do minério de ferro negociados em Dalian tiveram alta de 3,98% durante a madrugada, chegando a US$ 99,83/tonelada.
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No mercado global de moedas, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras seis divisas relevantes, também opera em alta nesta manhã, sugerindo maior aversão ao risco e busca por proteção.
Por aqui, apesar do ambiente externo desfavorável e a ausência de uma referência mais forte dos mercados norte-americanos, o dia pode ser mais uma vez descolado do movimento global – especialmente considerando
o desempenho positivo das commodities, que representam uma parte significativa do Ibovespa, por exemplo. Entretanto, os movimentos do dólar em outros mercados sugerem alguma pressão adicional sobre as
negociações locais, com impactos esperados no mercado de juros também.
Agenda econômica 05/09
Brasil: A semana começa com poucos destaques em termos de indicadores, com a agenda de hoje contando com o relatório Focus do Banco Central (8h25) e a leitura do PMI da indústria de transformação de agosto. O
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra em evento (20h) em São Paulo. Ao longo dos próximos dias, a agenda traz tem como destaque o IPCA de agosto, na sexta-feira. Antes disso, na quinta- feira, teremos a divulgação do IGP-DI de agosto e o IBC-Br do mês passado.
EUA: O feriado mantém agenda de indicadores esvaziada hoje. A agenda conta com o PMI de serviços amanhã.
Na quarta-feira sai o Livro Bege do Fed e estão previstas algumas falas de dirigentes da instituição. Na quinta- feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, discursa, assim como outros dirigentes da instituição. Na sexta-feira, tem estoques no atacado.
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Europa: Mais cedo, o PMI composto da zona do euro e da Alemanha trouxe resultados abaixo dos 50 pontos, apontando contração da atividade, enquanto no Reino Unido caiu a 50,9 em agosto, ainda no terreno de
expansão, mas no menor nível em 18 meses. Ainda hoje, a dirigente do BoE, Catherine Mann, participa em painel sobre inflação (12h30) e o Reino Unido anuncia o novo premiê pelo Partido Conservador.
Amanhã é dia de encomendas à indústria da Alemanha. Na quarta-feira saem a produção industrial da Alemanha e a terceira leitura do PIB da zona do euro do 2o trimestre. Na quinta-feira está previsto o principal evento da semana, quando o BCE revela sua decisão de política monetária.
China: O PMI composto recuou, passando de 54,0 para 53,0 em agosto. Depois do fechamento dos mercados por lá, o Banco Central chinês, o PBOC, anunciou o corte da taxa de compulsório bancário em 2 pontos
porcentuais, para a 6%, passando a valer em 15 de setembro.
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