Os mercados internacionais iniciam a sessão desta terça-feira mostrando um tom de maior cautela entre os investidores, com as principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York recuando e o índice DXY, que mede o desempenho dólar frente seis moedas principais, em alta. O pano de fundo, embora não seja novidade, é a preocupação latente com os dados de inflação e uma possível desaceleração da economia em decorrência das novas políticas monetárias contracionistas adotadas nos principais Bancos Centrais mundo afora.
Para contribuir com esse movimento de hoje, inesperadamente, a indústria alemã apresentou queda nas encomendas, mostrando que nem mesmo a maior potência econômica da região está atravessando esse cenário ilesa. Entre as commodities, as cotações internacionais do petróleo recuam levemente, levando consigo o desempenho das ações do setor. Aqui no Brasil, essa aversão ao risco também deve se fazer presente, somando se ao aumento da percepção sobre o risco fiscal doméstico, após as propostas do governo para conter a alta nos preços dos combustíveis.
Ontem à noite, o governo federal propôs cortar impostos federais (PIS/Confins e Cide) sobre a gasolina em troca da aprovação do PLP 18, que coloca um teto de 17% sobre o ICMS dos combustíveis, além disso a União ainda faria um ressarcimento aos Estados pelo fim da cobrança de ICMS sobre
diesel e gás de cozinha por meio de uma PEC, válida até 31 de dezembro, bancada por receitas extraordinárias (embora o valor não tenha sido informado até o momento).
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Agenda econômica 07/06
Brasil: Os dados de produção e vendas de veículos referentes ao mês de maio serão divulgados às 10h. O Tesouro faz leilão de venda de LFT e de NTN-B (11h).
EUA: A secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha sobre o orçamento fiscal de 2023 no Senado (11h). Saem também os números da balança comercial americana (9h30) e de concessão de crédito ao consumidor (16h), ambos referentes a abril, além do relatório semanal sobre estoques de petróleo do país (17h30).
Europa: As encomendas à indústria da Alemanha recuaram 2,7% em abril ante março, segundo dados da agência de estatísticas do país, a Destatis, contrariando a projeção que apontava para uma alta de 0,5% no período. O resultado foi impactado, principalmente, pela redução de 4% das encomendas externas em abril na comparação com mês anterior.
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