A semana começa um tanto quanto indefinida para os mercados internacionais e, após recuarem mais cedo, as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam em leve alta. O motivo para essa volatilidade pode ser encontrado nos dados econômicos erráticos que vêm sendo publicados, com a produção industrial alemã crescendo acima da previsão, por exemplo, enquanto na China dados frustraram novamente as expectativas.
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Em outros mercados, os contratos futuros de petróleo rondam a estabilidade nesta manhã de segunda-feira (7), enquanto os contratos futuros do minério de ferro tiveram alta de 2,1% na bolsa de Dalian, aos US$ 91,6 por tonelada, deixando aparentemente de lado os dados mais fracos da China – possivelmente refletindo as expectativas sobre algum alívio na política de Covid-zero que vem sendo adotada por lá. Por fim, no mercado global de moedas, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de moedas fortes, avança pela manhã.
No Brasil, o foco continua na transição de governo e na possibilidade de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição seja apresentada hoje, com a possibilidade de abertura de um crédito extraordinário no Orçamento. Vale lembrar que a temporada de resultados referentes ao terceiro trimestre de 2022 está a pleno vapor, o que pode trazer volatilidade adicional aos negócios ao longo dos próximos dias. Por ora, diante dos sinais externos e o desempenho das principais commodities, a tendência é mais positiva para os ativos domésticos.
Agenda econômica
Brasil: O destaque da agenda é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, mas somente na quinta-feira (10). Hoje, como é tradicional, o mercado acompanha os novos dados do Boletim Focus (8h25) do Banco Central. É importante lembrar que, a partir de hoje, o mercado à vista da B3 fecha às 17h55, acompanhando os mercados de Nova York.
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EUA: O destaque da agenda é o índice de inflação ao consumidor (CPI) de outubro, na quinta-feira. Hoje está prevista a divulgação do crédito ao consumidor de setembro (17h), além de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano): Loretta Mester, de Cleveland (17h40), Susan Collins, de Boston (17h40), Thomas Barkin, de Richmond (20h00).
Amanhã, foco na eleição de meio mandato, com possíveis alternâncias no Poder Legislativo por lá e, na quarta-feira, destaque para os estoques no atacado. Finalmente, na sexta-feira, será conhecido o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Europa: Amanhã saem as vendas do varejo da zona do euro e, na sexta-feira, conheceremos o Produto Interno Bruto (PIB) e a produção industrial do Reino Unido e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha.
Hoje, mais cedo, a Destatis informou que a produção industrial da Alemanha cresceu 0,6% em setembro na comparação com agosto, após ajustes sazonais, enquanto o mercado previa um aumento de 0,1%. Na comparação anual, houve alta de 2,6% na produção industrial alemã em setembro.
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China: As exportações caíram inesperadamente em outubro, impactadas pelo enfraquecimento da demanda global, segundo os dados oficiais divulgados mais cedo. As exportações caíram 0,3% em outubro em relação ao mesmo mês no ano anterior, em comparação com o crescimento de 5,7% registrado em setembro, segundo a Administração Geral de Alfândega, enquanto os economistas esperavam um crescimento de 4,0%.
As importações, por sua vez, recuaram 0,7% na mesma base comparativa, após crescimento de 0,3%, embora nesse caso o mercado esperasse estabilidade. Amanhã é o dia que conheceremos os dados inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) referentes ao mês de outubro.
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