Mercado

Abertura de Mercado: juros mais altos na Europa, votação da reforma tributária e dados de inflação na China pautam as bolsas

Uma série de discursos dos presidentes do Federal Reserve também deve direcionar o humor nos Estados Unidos

Painel da B3 (Foto: Gabriela Biló/Estadão)

A cautela prevalece no exterior nesta quarta-feira (08) depois que as vendas no varejo da zona do euro caíram mais do que o esperado, devido aos juros mais altos.

Nesse sentido, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse ontem que a autoridade monetária deve manter as taxas em níveis restritivos por “muito tempo” e que os cortes devem demorar a vir.

As bolsas operam em queda na Europa e os futuros de Nova York rondam a estabilidade, mas com viés de baixa. O dólar, por sua vez, opera em alta ante outras moedas fortes, enquanto os contratos futuros do petróleo oscilam perto da estabilidade e os preços futuros do minério de ferro registraram ganhos de 1,03% na madrugada em Dalian, cotados a US$ 128,42 por tonelada.

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Os investidores brasileiros aguardam a votação da reforma tributária, depois que o Senado aprovou, por 48 votos a 24, o requerimento de cronograma especial para acelerar a tramitação do texto. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso pode promulgar primeiro as partes da Reforma Tributária que forem consensuais nas votações da Câmara e do Senado.

Agenda econômica

Brasil: O dia começou com a publicação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de outubro (8h00), seguido do resultado do setor público consolidado de setembro (8h30) e as vendas no varejo restrito e ampliado referentes a setembro (9h00). Entre os eventos, destaque para palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Nova York, à tarde (15h40).

EUA: A agenda contará com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), com destaque para participação do presidente, Jerome Powell, na abertura de evento que marca o centenário da Divisão de Pesquisa e Estatísticas, em Washington D.C. (11h00).

São esperados também discursos da diretora do Fed, Lisa Cook (7h15), do presidente do Fed de Nova York, John Williams (15h40), do vice-presidente de Supervisão, Michael Barr (16h00) e do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson (18h45). Também são esperados dados sobre estoques no atacado.

Europa: As vendas no varejo da zona do euro caíram 0,3% em setembro ante agosto, segundo dados publicados pela Eurostat, um resultado um pouco abaixo da expectativa de recuo de 0,2% das vendas no período. Em relação a igual mês do ano passado, as vendas do setor varejista do bloco sofreram contração de 2,9% em setembro.

A Eurostat também revisou os dados de agosto, para uma queda mensal de 0,7% e recuo anual de 1,8%. Na Alemanha, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) desacelerou para 3,8% em outubro, ante 4,5% em setembro, atingindo o menor nível desde agosto de 2021, segundo dados finais divulgados pela Destatis.

Na comparação mensal, o CPI ficou estável em outubro. Em ambos os casos, os resultados confirmaram estimativas preliminares e vieram em linha com as projeções.

China: No fim da noite de hoje, serão divulgados números sobre a inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), ambos referentes a outubro.

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