As expectativas do mercado seguem nesta terça-feira (14) em torno da apresentação do novo arcabouço fiscal e do maior detalhamento da reforma tributária. Em relação ao regramento fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar e discutir a proposta junto ao vice-presidente, Geraldo Alckmin. Neste contexto, e sob um cenário externo com alguma melhora nos mercados, o Ibovespa pode indicar recuperação, embora o os dados de inflação norte-americana e a queda do petróleo (de 1,5%) e do minério de ferro (0,2%) possam limitar o movimento.
As Bolsas europeias e norte-americanas ensaiam recuperação hoje, enquanto os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e o dólar também sobem. Todo esse cenário, no entanto, poderá ser alterado a depender do resultado da inflação ao consumidor norte-americano (CPI), que será divulgado ainda nesta manhã. A mediana projetada é de 0,4% na leitura mensal de fevereiro.
O indicador se tornou ainda mais importante após os investidores migrarem suas apostas em relação ao processo de elevação de juros nos EUA. Agora, a maior parte estima que o BC dos Estados Unidos deve subir os juros em 0,25 ponto porcentual na próxima reunião, mas parte do mercado já prevê manutenção dos juros.
Agenda econômica
Brasil: A agenda de indicadores está vazia, deslocando a atenção para o noticiário político e a expectativa pelo avanço da proposta para o novo arcabouço fiscal. Na temporada de balanços, investidores avaliam os números de Eletrobras (ELET6), Direcional (DIRR3), entre outros balanços relativos ao quarto trimestre de 2022.
EUA: A inflação ao consumidor (CPI) de fevereiro é o destaque e será conhecida às 9h30. Entre os eventos, a diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Michelle Bowman discursa em evento à noite.
China: Estão programados os números da indústria e do varejo hoje à noite, às 23h00.