O que este conteúdo fez por você?
- As aplicações de políticas ambientais, sociais e de governança (ESG) por empresas, tensionadas por diferentes crises observadas em 2022, não reduziram a importância dos princípios
- O documento traz um panorama geral sobre as discussões da aplicação do ESG pelo mundo
- Thomson Reuters diz que diante do conjunto de crise, as promessas internacionais de reduzir as emissões de carbono para zero líquido até 2050 se tornaram ainda mais desafiadoras
As políticas ambientais, sociais e de governança (ESG) por empresas, tensionadas por diferentes crises observadas em 2022, não reduziram a importância dos princípios do tema, segundo relatório divulgado nesta semana pelo Thomson Reuters Institute, que citou a guerra entre Rússia e Ucrânia, a polarização política nos Estados Unidos e a disparada de preços no setor energético como fatores que abalaram as ações das companhias.
O documento ESG Sob Tensão traz um panorama geral sobre as discussões da aplicação do ESG pelo mundo. Para o Thomson Reuters, formou-se uma tempestade “quase perfeita” de forças geopolíticas, sociais e econômicas que colocaram os objetivos de ESG das empresas sob pressão.
“Algumas dessas foram de curta duração, como o aumento dos preços da energia. Outras, incluindo a polarização política das questões ESG nos Estados Unidos, são mais difíceis de avaliar. A força mais poderosa e disruptiva, no entanto, é indiscutivelmente a invasão da Ucrânia pela Rússia”, sintetiza o relatório.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Conforme a avaliação, a guerra criou a necessidade de fortalecer a segurança energética e isso exigirá mais extração de combustíveis fósseis a médio prazo. “A guerra expôs, muito claramente, o que já se sabia: a dependência que muitos países, particularmente na Europa, têm das exportações de petróleo e gás da Rússia”, aponta.
Em outro destaque, o Thomson Reuters Institute diz que diante do conjunto de crise, as promessas internacionais de reduzir as emissões de carbono para zero líquido até 2050 se tornaram ainda mais desafiadoras. “Governos e empresas estão, agora, lutando para equilibrar suas ambições verdes com esses novos imperativos de segurança energética”, afirma.
Apesar de todos os desafios, o relatório considera que o ESG segue representando não apenas um risco regulatório e reputacional para as empresas, podendo afetar também o acesso a investimentos e a atração e a retenção de talentos. “Portanto, alinhar as operações aos critérios de ESG é essencial para garantir o futuro dos negócios”, diz Adrián Fognini, Managing Director da Thomson Reuters para a América Latina, em comunicado à imprensa.
Nas considerações finais, o relatório ESG Sob Tensão alerta que os eventos climáticos extraordinários, que ocorrem em todo o mundo, são um lembrete muito potente das responsabilidades que o governo e a comunidade empresarial têm com a redução das emissões de carbono, destacando que a velocidade é essencial.
Publicidade