A última sessão da semana começa com sinais de que será novamente bastante volátil, com os índices futuros das bolsas de Nova York revertendo as perdas de mais cedo e passando a subir levemente próximo das 8 horas. Os principais mercados acionários da Europa sustentam altas consistentes desde o início da manhã em reação à especulações de que o governo do Reino Unido poderá ajustar (ou mesmo desistir) dos polêmicos planos fiscais.
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A cautela, no entanto, ainda se faz presente e a recuperação no fechamento de ontem dos mercados à vista norte-americanos, segundo relatos, pode estar ligada a fatores técnicos como a reversão
de uma onda de opções de venda compradas para a proteção à alguma surpresa relacionada ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) – como foi o caso.
No mercado global de moedas, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, sobe nesta manhã de sexta-feira após ter recuado ontem. Entre as principais commodities, os contratos futuros do petróleo exibem quedas nesta manhã após alta de mais de 2% ontem, enquanto os preços futuros do minério de ferro encerram o dia em baixa de 0,57% na bolsa de Dalian, cotados aos US$ 97,68 por tonelada.
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Essa recomposição nos mercados internacionais sugere que o mesmo possa ser visto hoje no Brasil,
especialmente no Ibovespa. Como direcionador adicional para os negócios, os dados de serviços no País serão analisados ainda na abertura dos negócios, pois podem corroborar com a perspectiva de retomada econômica e recuperação do mercado de trabalho.
Agenda econômica (14/10)
Brasil: O volume de serviços (9h) de agosto é maior destaque da agenda e deve crescer 0,1%, após alta de 1,1% em julho. Na comparação anual, o setor deve registrar crescimento de 6,8% em agosto, ante alta de 6,3% em julho.
Entre os eventos previstos para o dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, continua em Washington, nos Estados Unidos, para compromissos fechados no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Tesouro norte-americano, além de rodadas de reuniões organizadas por grandes bancos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, concede coletiva de imprensa (17h), na sede da embaixada do Brasil na capital dos EUA.
EUA: Os dados de vendas no varejo em setembro (9h30) e as expectativas de inflação (11h) devem atrair a atenção dos investidores pela manhã. Além disso, a integrante do conselho do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Lisa Cook, participa de evento (11h30). Na frente corporativa, JPMorgan, Wells Fargo, Citigroup e Morgan Stanley divulgam balanços do terceiro trimestre, antes da abertura dos mercados à vista em Nova York.
Europa: A zona do euro apresentou déficit em sua balança comercial de 47,3 bilhões de euros em agosto, segundo dados da Eurostat, o maior saldo negativo já registrado na série histórica que teve início em 1999. Em julho, o bloco havia mostrado déficit de 40,5 bilhões de euros, de acordo com número revisado.
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China: O 20° Congresso Nacional do Partido Comunista começa neste domingo (16). Antes disso, o mercado reagiu ao índice de preços ao consumidor (CPI), que subiu 2,8% em setembro ante igual mês de 2021, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), uma aceleração em relação a alta de 2,5% em agosto – embora ligeiramente abaixo da previsão de 2,9%. Já o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,9% na comparação anual de setembro, também abaixo da projeção do mercado, que era de elevação de 1,0%.