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Abertura de Mercado: bolsas dão alívio em dia de decisões sobre juros

Abertura de Mercado: bolsas dão alívio em dia de decisões sobre juros
B3 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, é o grande destaque do dia, mas enquanto aguardam o evento os investidores, aparentemente, corrigem possíveis exageros precificados nos mercados ao longo da última semana. No Brasil, após oito sessões consecutivas em queda (o que não acontecia desde maio de 2012), o Ibovespa pode finalmente encontrar algum alívio hoje, ainda que tímido.

O Ibovespa começa a sinalizar o enfraquecimento do movimento de baixa após completar o seu oitavo dia de queda consecutivo. O cenário, possibilita à formação de fundo na região dos 102.000 pontos, estrutura que se confirmada passaria a favorecer a retomada do movimento de alta em direção ao patamar de resistência mais próxima marcado aos 106.156 pontos. No sentido oposto, o Ibovespa encontra suporte aos 100.779 pontos.

As principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York operam em alta ao redor de 1% nesta manhã. A probabilidade do Fed aumentar o juro básico da maior economia do mundo em 75 pontos-base hoje supera os 98%, segundo os prêmios embutidos na curva de juros futuros por lá.

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Dados relacionados ao crescimento da produção industrial e as vendas no varejo na China em maio, caindo menos que o esperado, também ajudam a explicar a melhora do ambiente de negócios.

O fato do Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado uma reunião emergencial, com expectativa de que os dirigentes discutam o aperto monetário na zona do euro, aparentemente não impacta os rumos dos negócios nesta manhã.

O contraponto fica para as cotações do petróleo, que recuam refletindo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) que apontou que a demanda global pela commodity deve avançar a níveis pré-pandemia no próximo ano, com boa parte do crescimento impulsionado pela China, enquanto economias em desenvolvimento devem enfrentar piora na perspectiva econômica e inflação elevada.

 

Agenda econômica 15/06

Brasil: A decisão do Copom, o maior destaque do dia, será divulgada somente após 18h30, portanto após o término dos negócios. O IGP-10 de junho foi divulgado logo cedo (8h), mostrando alta de 0,74%, enquanto a estimativa de mercado indicava aceleração para 0,78% em junho, depois dos 0,10% registrados em maio. A divulgação do IBC-Br de abril, que estava prevista para hoje, foi suspensa devido à greve de servidores do Banco Central.

EUA: Após o Fed comunicar o novo patamar de juros (15h), o presidente da instituição, Jerome Powell, falará aos mercados (15h30). Mais cedo, são esperados os dados sobre as vendas no varejo em maio e o índice de atividade industrial Empire State de junho, ambos às 9h30.

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Europa: A presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de evento (13h20) e pode dar sinais sobre eventuais mudanças na condução de política monetária do bloco.

China: A produção industrial subiu 0,7% em maio em relação ao ano anterior, melhorando ante a queda de 2,9% em abril e melhor do que a queda de 1% esperada pelo mercado. As vendas no varejo, por sua vez, caíram 6,7%, em comparação com a queda de 11,1% em abril, segundo os dados do Departamento Nacional de Estatísticas, uma leitura melhor do que a queda de 6,9% esperada.