A sessão desta sexta-feira (15) começa com os mercados e o petróleo buscando alguma recuperação após as fortes perdas recentes, embora sinais renovados de desaceleração global da economia sugiram que esse movimento possa ser passageiro – apenas por ajustes técnicos em posições vendidas, por exemplo. Com esse cenário em mente, é possível que o mesmo movimento técnico seja observado nos ativos domésticos hoje – especialmente considerando o vencimento de opções ao longo da sessão –, reduzindo perdas do Ibovespa de 4,16% no acumulado da semana, após a alta de 1,35% na semana passada.
Durante a madrugada, a China acendeu a luz amarela para os investidores ao mostrar que seu Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre – e também a produção industrial em junho – cresceu menos do que esperado, fazendo com que os contratos futuros do minério de ferro, em Dalian, caíssem. Por outro lado, as vendas no varejo da segunda maior economia do mundo cresceram 3,1% em junho, enquanto era esperada uma queda de 1,0%.
Diante desses sinais e à espera de novos indicadores econômicos nos Estados Unidos, as principais bolsas da Europa sobem neste início de manhã, assim como os índices futuros de Nova York também sugerem algum alívio hoje. Refletindo essa maior indefinição, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente à outras moedas, opera instável,
enquanto os contratos futuros do petróleo têm leve alta.
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O Ibovespa acelerou na queda após ter confirmado a perda do suporte aos 98.000 pontos. Renovou a mínima do ano ao tocar nos 95.430 pontos e abaixo deste nível o índice poderia seguir recuando em direção aos 94.500 pontos (primeiro objetivo) ou mais abaixo, estendendo a busca até a região dos 88.000 pontos (segundo objetivo). Do lado superior, em caso de pullback (movimento na contramão de tendência), a linha dos 98.000 pontos atuaria agora como resistência para o curto prazo.
Agenda econômica 15/07
Brasil: Destaque apenas para à sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas sem relevância suficiente para mover o mercado.
EUA: São esperados os dados relativos às vendas no varejo (9h30) e da produção industrial (10h15) durante o mês de junho. Na sessão, os investidores também conhecerão o índice de atividade industrial Empire State relativo a julho.
China: Segundo as informações oficiais, o PIB do país cresceu 0,4% em relação ao ano anterior no segundo trimestre, em decorrência dos rigorosos lockdowns impostos pela Covid-19 em cidades como Pequim e Xangai. Um resultado fraco e abaixo da expansão de 0,9% esperada pelos economistas, marcando a primeira contração trimestral do gigante asiático desde o primeiro trimestre de 2020. Enquanto isso, a produção industrial cresceu 3,9%, acelerando em relação ao crescimento de 0,7% em maio, mas ainda abaixo dos 4,4% previstos. As vendas no varejo, por sua vez, subiram 3,1% em relação ao ano anterior em junho, recuperando-se de uma queda de 6,7% em maio.