Os índices futuros das bolsas de Nova York avançam e as bolsas da Europa sobem mais de 1% nesta manhã, com alívio das incertezas após o Federal Reserve ter anunciado, ontem, aceleração da retirada de estímulos, para conter a escalada da
inflação. A autoridade monetária sinalizou, ainda, três aumentos na taxa básica de juros em 2022. Os juros dos Treasuries e o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, operam em baixa.
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Na Europa, o euro se fortaleceu ante o dólar também, após a divulgação de índices de gerentes de compras (PMI) da Alemanha e zona do euro mais fracos que o esperado, que reforçam expectativas por manutenção da política monetária pelo BCE hoje.
No cenário doméstico, os ativos locais devem ser ajudados pelo ambiente externo positivo, em meio às avaliações do Relatório Trimestral de Inflação, que podem apoiar ajustes principalmente nos mercados de juros e câmbio. E após a aprovação do texto final da PEC dos Precatórios pela Câmara ontem, as alterações na proposta
podem ser promulgadas hoje pelo Congresso Nacional.
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Agenda econômica 16/12
Brasil: O Relatório Trimestral de Inflação é o destaque da agenda local. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores Fabio Kanczuk (Política Econômica) e Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos) participam de entrevista sobre o RTI, às 11h.
EUA: Estão programados os pedidos semanais de auxílio-desemprego (10h30) e dados de produção industrial de novembro (11h15) e PMI composto preliminar de dezembro (11h45).
Europa: São esperadas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu, ambas seguidas de entrevista de seus respectivos presidentes Andrew Bailey e Christine Lagarde.
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As exportações da zona do euro avançaram 2,4% em outubro ante setembro. O resultado marca a retomada do crescimento dos embarques, após pontual queda no mês anterior. As importações da região subiram 4,3% na mesma base comparativa.
O PMI de serviços da Alemanha caiu de 52,7 em novembro a 48,4 na leitura preliminar de dezembro, na mínima em 10 meses. Analistas previam queda menor, a 51,0.
O PMI industrial alemão, por outro lado, subiu de 57,4 a 57,9 na mesma base comparativa. Neste caso, as projeções apontavam para recuo a 56,7. Ainda assim, tudo somado, o PMI composto, que engloba indústria e serviços, cedeu de 52,2 a 50 na primeira divulgação deste mês, no menor nível em 18 meses.
O PMI composto da zona do euro recuou de 55,4 em novembro a 53,4 na leitura preliminar de dezembro, na mínima em nove meses. O resultado mostrou queda maior que a prevista por analistas que projetavam recuo a 54,5. O PMI de serviços da região cedeu de 55,9 a 53,3 na mesma base comparativa, ante expectativa de 54,4. Já o PMI industrial diminuiu de 58,4 a 58, acima do consenso de 57,6.
No Reino Unido, o PMI composto recuou de 57,6 em novembro a 53,2 na leitura preliminar de dezembro, na mínima em 10 meses. Analistas projetavam queda a 56,3.
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O PMI de serviços britânico cedeu de 58,5 a 53,2 na mesma base comparativa, bem abaixo da expectativa de 56,0. Já o PMI industrial diminuiu de 58,1 a 57,6, ante consenso de 57,5.
Ásia: O PMI composto japonês caiu de 53,3 em novembro para 51,8 em dezembro. A leitura acima de 50 mostra que a atividade econômica japonesa segue expandindo neste mês.