A sessão desta quarta-feira começa com mais cautela entre os investidores internacionais, em partes motivada pelo crescimento menor que o esperado do PIB da zona do euro na segunda leitura do segundo trimestre e o avanço da inflação a consumidor do Reino Unido ao maior nível em 40 anos, sem mencionar ainda as expectativas com o conteúdo da ata do FOMC, a ser conhecido somente durante à tarde.
Por outro lado, na Ásia, a maioria dos índices acionários subiram, reagindo a relatos de que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, prometeu mais estímulos de incentivo ao crescimento. Neste cenário, as principais bolsas da Europa recuam, assim como os índices futuros de Nova York sugerem uma abertura na mesma direção. Em outros mercados, o petróleo retomou alta, enquanto o índice DXY, que mede o desempenho do dólar, avança discretamente.
Por aqui, o Ibovespa pode ser influenciado pelo tom de cautela, ao menos durante as primeiras horas de negociação, especialmente se considerarmos que índice subiu em 10 dos 12 pregões de agosto. Ainda assim, a deflação do IGP-10 em agosto, em função dos preços das commodities e dos combustíveis, indica que o movimento de rotação entre os setores pode continuar acontecendo no curto prazo.
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Agenda econômica 17/08
Brasil: O IGP-10 de agosto era o principal indicador do dia (8h) e mostrou deflação de 0,69%, enquanto a mediana do mercado esperava queda de 0,63%, após uma alta de 0,60% em julho. No acumulado de 12 meses, o indicador foi a 8,43%, enquanto a estimativa indicava desaceleração a 8,89%, ante 10,87% em julho.
Ao longo do dia ainda teremos os dados sobre fluxo cambial no começo da tarde e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento (17h).
EUA: Os dados de varejo em julho (9h30) e discurso da diretora do Fed, Michelle Bowman (10h30) estão previstos, mas a divulgação da ata do Fed (15h) é o principal direcionador para os mercados.
Europa: O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,6% no segundo trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, segundo a Eurostat, um resultado abaixo da estimativa de alta de 0,7% no período.
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Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 3,9% entre abril e junho, também um pouco menor do que a projeção do mercado, de 4%. No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI) ficou 10,1% mais alto em julho do que no ano anterior, ante 9,4% em junho, enquanto especialistas previam avanço de 9,8%.
Essa foi a maior taxa de inflação em mais de quatro décadas e o aumento mais rápido nos preços registrado em um dos países do G7 desde que a atual pressão inflacionária começou, no início de 2021.