Mercado

Abertura de mercado: semana inicia em recuperação sob tensão de juros

Abertura de mercado: semana inicia em recuperação sob tensão de juros
Operador trabalha em frente a telão na Bolsa de Valores de Nova York, EUA 16/06/2022 REUTERS/Brendan McDermid

A segunda-feira (20) começa com os principais mercados da Europa e os índices futuros de Nova York em alta, recuperando-se parcialmente das perdas generalizadas da última semana. Investidores ainda estão apreensivos com os rumos da política monetária, especialmente após o Banco Central da China (PBoC) ter optado pela manutenção dos juros, em direção oposta aos Estados Unidos e a outros países.

A falta de um grande direcionador econômico na agenda de hoje e o feriado nos Estados Unidos (Juneteenth), que mantem os
mercados à vista fechados por lá nesta segunda-feira, sugerem fôlego mais limitado para os negócios. Os contratos futuros do petróleo operam em leve baixa agora pela manhã, enquanto o índice DXY, que mede as variações da moeda norte-americana frente a outras seis divisas relevantes, opera em baixa, revertendo parte dos fortes ganhos da semana passada, quando o banco central norte-americano, o Fed, anunciou seu maior aumento de juros desde 1994.

No Brasil, após o Ibovespa ter fechado abaixo dos 100 mil pontos na sexta-feira passada, os ativos podem ter algum alívio na sessão de hoje enquanto os agentes aguardam a reunião entre os líderes da Câmara dos Deputados, hoje à tarde, para discutir a política de preços da Petrobras.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

O Ibovespa retornou para o suporte dos 100.000 pontos, nível decisivo, já que sua perda definitiva abriria espaço para a continuidade da queda em direção aos 93.400 pontos. Do lado positivo, o índice da bolsa brasileira pode ter cumprido o objetivo da onda corretiva “C” nesta região dos 100.000 pontos, o que possibilitaria uma reação. A confirmação para este movimento virá com a quebra da resistência aos 103.000 pontos e, neste caso, poderíamos ver alta em direção à reta de resistência que passa hoje aos 107.700 pontos.

Ata da reunião do Copom e o IPCA-15 de junho são os destaques econômicos da semana.

Agenda econômica 20/06

Brasil: A ata da reunião do Copom de junho será divulgada amanhã e o IPCA-15 de junho, na sexta-feira. Os dados de transações correntes, referentes ao mês de maio, estão programados para quarta-feira. Hoje saíram as segundas prévias de junho do IGP-M e IPC-S (8h), mostrando altas de 0,55% e 0,91%, respectivamente. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Arthur Maia (União Brasil-BA), convocou reunião para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos biocombustíveis, já aprovada no Senado (13h). O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de comemoração pelos 70 anos do BNDES (15h).

EUA: Sem destaques hoje. O presidente do Fed, Jerome Powell, participa de audiência no Senado, na quarta-feira, e na Câmara, na quinta-feira. Entre os indicadores, destaque para o índice de confiança, na sexta-feira, além do PMI composto, industrial e de serviços, na quinta-feira.

Europa: A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala hoje no Parlamento Europeu (10h) e também como presidente do Conselho Europeu de Risco Sistêmico (12h). Na quinta-feira começa a reunião de líderes da União Europeia e, entre os indicadores, destaque para o índice de confiança do consumidor da zona do euro, na quarta-feira, além de PMIs composto, industrial e de serviços, da Alemanha e zona do euro, na quinta-feira.

China: O Banco Central manteve as taxas de juros de referência estáveis, com a taxa básica de empréstimos de um ano em 3,70%, enquanto a LPR de cinco anos, a taxa de referência para o segmento imobiliário, ficou em 4,45%.

Publicidade