O alívio externo parece ter durado pouco e os principais mercados internacionais voltam a refletir os receios dos investidores e mostram sinais, majoritariamente, negativos nesta manhã de terça-feira (19). Como nos últimos pregões, o mote continua sendo o mesmo: a inflação nas economias desenvolvidas.
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Os mercados brasileiros podem ser influenciados pela cautela no exterior, mas, a exemplo de ontem (19), a percepção de que o ciclo de aperto monetário se aproxima do fim e de que as diretrizes econômicas não serão alteradas consideravelmente em uma eventual troca de governos pode fazer com que os ativos domésticos tenham desempenho descolado.
Na Europa, a Alemanha viu seu Índice de Preços ao Produtor (PPI) saltar 45,8% em agosto ante igual mês de 2021, bem acima do esperado (37,9%) e o maior avanço anual da série histórica. Mas esse movimento não se restringe a países da zona do euro.
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Depois da inflação no Reino Unido mostrar que está perto dos maiores níveis em 40 anos, o Banco Central da Suécia surpreendeu os mercados com um inédito aumento de juros, de 1,00 ponto porcentual, para a 1,75%, além de sinalizar o fim de compras de ativos – tudo isso para combater a disparada dos preços que estão no maior patamar em 30 anos no país (9% no mês passado).
Neste cenário, as principais bolsas da Europa recuam em torno de 1% pela manhã, enquanto os índices futuros de Nova York apontam para perdas um pouco menores nos mercados à vista ao longo da sessão.
Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo operam mistos, após uma modesta recuperação verificada ontem, enquanto os preços futuros do minério de ferro encerraram em queda de mais de 3% na bolsa de Dalian, cotados aos US$ 99,23 por tonelada.
No mercado global de moedas, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, opera em leve alta.
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Agenda econômica (20/09)
Brasil: Destaque apenas para Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) do segundo período de dez dias de setembro (8h), que mostrou baixa de 0,91% ante -0,57% na mesma leitura de agosto. Entre os eventos, o Tesouro faz leilão de títulos públicos (11h), oferecendo ao mercado NTN-Bs e LFTs.
EUA: O Departamento do Comércio publica as construções de moradias iniciadas (9h30).
Europa: A agenda prevê o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em evento em Frankfurt, na Alemanha (14h).
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China: O Banco Central do Povo da China (PBoC) manteve suas taxas de juros de referência inalteradas, em linha com as expectativas do mercado. O PBoC anunciou que manteve a taxa básica de empréstimos de um ano estável em 3,65% e a taxa de cinco anos em 4,30%.