Mercado local deve se beneficiar do apetite do exterior (Foto: Shutterstock)
Nesta manhã de sexta-feira (20), o mau humor persiste no mercado internacional. Na Ásia, os índices acionários recuaram, mas a bolsa de Hong Kong teve queda mais acentuada, após a China aprovar hoje uma lei de privacidade que vai restringir a ampla coleta de dados de usuários por companhias de tecnologia.
Na Europa, as principais bolsas operam em queda, com os investidores repercutindo a alta anual da inflação ao produtor alemão em julho, enquanto as vendas no varejo no Reino Unido frustraram as expectativas e caíram 2,5% em julho ante junho.
Nos Estados Unidos, os índices futuros das bolsas de Nova York também operam em baixa, à medida que petróleo segue em queda, bem como os juros dos Treasuries. Enquanto isso, o dólar segue forte em meio à especulação sobre as chances de o aperto monetário nos EUA começar ainda este ano.
Aqui no Brasil, sem indicadores econômicos na agenda desta sexta-feira, os mercados locais devem se guiar pela persistente cautela externa, ao mesmo tempo que os riscos fiscais e políticos seguem no radar.
Agenda econômica 20/08
Europa: As vendas no varejo do Reino Unido caíram 2,5% em julho na comparação com junho e o resultado frustrou a previsão dos analistas que esperavam estabilidade no indicador. Na Alemanha, o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 1,9% em julho na comparação com junho. O dado mostra aceleração ante junho, quando a alta dos preços foi de 1,3%.
China: O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) anunciou a manutenção das taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos, conhecidas como LPRs. A chamada LPR de um ano permaneceu em 3,85%, e a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais longos ficou em 4,65%. Este é o 16º mês seguido em que as taxas ficam inalteradas. A manutenção era esperada por analistas de mercado.