A decisiva quarta-feira (27) começa com os índices futuros das bolsas de Nova York e os índices acionários europeus em alta, com investidores repercutindo os balanços das gigantes de tecnologia Alphabet (Google) e Microsoft, que estimula o desempenho destas ações no pré-mercado, assim como de grandes empresas e bancos na Europa, como Deutsche Bank e Rio Tinto, que superaram as previsões de lucro.
Entretanto, apesar do bom ambiente para os negócios, as preocupações dos investidores com a disparada da inflação nos Estados Unidos, e uma possível recessão à frente, ainda se fazem presentes. A projeção é de um novo aumento de 0,75 pontos-base (bps) nos juros norte-americanos hoje à tarde para conter essa alta dos preços.
Essa melhora de humor no exterior também deve favorecer os ativos locais, enquanto a temporada de resultados ganha força e a agenda de indicadores parece não ter força suficiente para alterar o rumo dos negócios. Em outros mercados, o índice DXY, que mede o desempenho global do dólar, recua após ter subido ontem, enquanto os contratos futuros do petróleo sobem levemente.
Agenda econômica 27/07
Brasil: O Banco Central publica as notas de crédito referentes aos meses de março e abril (9h30), atrasadas devido à greve dos servidores, além dos dados de fluxo cambial até o fim de maio (14h30). O Tesouro informa o Relatório Mensal da Dívida de junho (14h30), que será detalhado em entrevista coletiva do coordenador-geral de operações da dívida, Luís Felipe Vital (15h). O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem reunião virtual com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen (10h).
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EUA: Os dados de junho das encomendas de bens duráveis e estoques no atacado (9h30), além das vendas pendentes de imóveis (11h), serão conhecidos hoje, mas o foco fica na decisão monetária do Federal Reserve (15h) e na coletiva de Jerome Powell (15h30). Na frente corporativa, Meta, Ford e Boeing divulgam resultados trimestrais, após o fechamento dos mercados.
Europa: O índice de confiança do consumidor da Alemanha caiu de -27,7 pontos em julho para -30,6 em agosto, segundo projeção divulgada pelo instituto alemão GfK, vindo abaixo da expectativa que apontava para uma queda a -29,5.
China: O lucro industrial reverteu uma queda de dois meses ao registrar aumento de 0,8% em relação ao ano anterior em junho, significativamente acima do declínio de 6,5% em maio. No primeiro semestre, o lucro industrial cresceu 1,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.